18.11.05

Não, meu amor...

Não meu amor, eu não sou eu. E não há nada como os traços arredondados do seu rosto. Os dentes sorridentes, dentes presentes que enchem todo espaço, você poderia me presentear com seu sorriso gostoso mas você se aborrece comigo, pois mais uma vez não consegui expressar meu prazer em saborear seus olhos macios... olhos sentidos. Você conta de sua vontade de entender do que eu entendo, e com raiva eu me jogo, implorando para que você me conte do seu dia. Mas você se joga e implora para que eu acabe com essa mania... eu não me entendo, querido, mas quero ver suas mãos e seu cabelo, que de tão preto é quase da cor do céu à noite, como as noites que nos vemos...
Não, não sei por onde encerrar. Mas não há nada realmente tão saboroso do que não falar e só te ouvir durante o tempo que leva para as estrelas se apagarem, para que eu possa guardar nesse cheiro o minuto gostoso que dura a sua risada livre... com vontade de alguma coisa que não está aqui ainda, mas que há de chegar.
Bom dia, saudades.