31.10.08

My own private Beatles II


You don't understand me, but if the feeling was right you might comprehend me. And why do you feel the need to tease me? Why don't you turn it around, it might be easier to please me. And there's always another point of view, a better way to do the things we do. And how can you know me and I know you? If nothing is true... Why do you think that you are doing? But who is the fool, the fool or the fool that you are fooling. And maybe I just don't see the reason but in the corner of my heart your ignorance is treason... You think you know how I feel, it's not that big of a deal, there's no such thing it's not real. You don't understand me, but if the feeling was right you might comprehend me. And I don't claim to understand you, but I've been looking around and I haven't found, anybody like you...

***

hallow - ween

hoje é halloween. que chatice. tenho que vestir alguma fantasia que eu não tenho e ir pra uma festa. não sei se vocês sabem mas eu odeio festas. odeio aglomerados de gente. odeio... odeio ter que sair à noite, pra qualquer lugar! minha idéia de noite perfeita é tomar um cafe latte - sim é isso que você ouviu e eu não me lembro se no brasil em algum café eles chamam disso... - sentar na frente do computador e escrever mais algumas paginas do meu roteiro que não termina nunca, depois tomar banho, apertar minha cachorra e ir pra cama. noite perfeita! pra que eu tenho que ir pra uma festa a fantasias? não faço idéia. ah, eu já prometi que ia e assim é mais fácil de se fingir que eu tenho uma vida social! ha! odeio... mas tudo bem, tudo pelo bem comum e pela felicidade dos outros e eu não sei porque eu coloquei isso aqui, não faz sentido algum esse texto no meu blog. é o dia que tá estranho...


***

30.10.08

My own private Beatles

So if I were to just lay in silence
And see if you would take control,
These stones below me then may become violent
And they will wrestle me, pester me, mess with me
Just tryin' to free your soul...




Speak to me and don't speak softly
Talk to me and let me know
Grab hold of my shoulder and tell me

Grab hold and do not let go.



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29.10.08

coisas que nem se acredita


e o ar que enchia repousou torto sobre teus olhos, secos. era de se esperar. as cornetas que tocavam, tocavam sem parar e as silhuetas por um instantes eram somente isso, silhuetas vazias e escuras, sem vida. o brilho, ainda me lembro de você repetindo essas palavras, está nos olhos de quem vê. me incomodava, você vê? me recordava momentos de sincera angústia e revelações cínicas. silhuetas rondavam e eram de assustar corvos até, mas você continuava ali, olhos secos como seca era a sua lábia, lembra? eu me perdi. me perdi em ser quem decidi ser, era muito doloroso continuar imitando uma imagem que não era minha e quando o tempo fechou os sonhos acrescidos de temas viraram filme, daqueles sem fim, que a luz apaga e que te deixa sem fala e sem rumo, porque? porque você me deixou sem rumo? foi. e o meu rumo virou qualquer coisa que eu inventava pelo caminho, foi bom. ah e como é bom não se ter bolsos pra procurar qualquer coisa, o que se procura está logo ali, num canto da sala e no ano que vem a sala será outra. e a gente encontra outra coisa pra se apegar, outra vida curta pra se cultivar, outro olhar. talvez até uma batida diferente dentro da mesma música, isso sim, é arte.

***

28.10.08

notícia sem fim

estou levemente irritada com uma notícia não tão leve assim. e a questão que se renova não é o porquê da lei em si, e sim da onde vem as pessoas que assinam leis como essa. quem são essas... "pessoas"? serão de fato pessoas? pessoas que precisam ir ao banheiro pela manhã, pessoas que escovam os dentes? pessoas que soltam gases assistindo às notícias na TV cutucando o nariz? pessoas que pisam na bosta do cachorro do vizinho quando saem para buscar o jornal na calçada? pessoas que tem gripes e que ficam com o nariz escorrendo e acabam limpando na manga de suas camisas Ralph Lauren? pessoas que, ao serem corneadas choram? berram? quebram pratos os arremessando contra a parede? pessoas que rezam? e se rezam, pra que deus? qual desses deuses responde à essas preces? preciso saber pra instituir crime da igreja contra a humanidade... serão essas pessoas, não-pessoas? pessoas criadas geneticamente para serem eternamente sem... valores? essas pessoas sabem o que é ser um ser-humano? elas sabem qualquer coisa? ou são programadas? que pessoas são essas? essas pessoas entendem de amor? raiva? dor? já pariram? já quebraram o pé? já olharam nos olhos de outra pessoa? essas pessoas tem olhos? boca? e se tem, tem coração?

não sei... não sei.


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estou falando disso aqui.

27.10.08

hoping you'll find it someday...

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I've got a priest and a Saint

A bow, a string, a pen --
I got the words that they can't swing,
A tide, all sides of a man,
bare, stripped from sin,
all rise
all wait for a drink.

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25.10.08

coisas de amigos (nao sei se posso usar essa palavra) parte V

um, dois, três, quatro, cinco...

você não parava de contar. acho que tinha se hipnotizado pela sua própria voz! eles começaram a rir, os instrumentos pendurados no pescoço.

"ei!"

nove, dez, onze, doze...

"ei!, para, já deu, volta!"

catorze, quinze, dezesseis

acho que se entregou, eu pensei. um dos meninos começou a tocar de qualquer jeito pra ver se chamava a atenção, os outros calaram e a risada ficou tão muda quanto os seus instrumentos. o que havia começado a tocar parou depois de alguns segundos, fora inútil o que fizera.

"cara, por favor..."

vinte e um, vinte e dois... pronto!

"pronto o que?"

já contei!

você então deu um sinal com as sobrancelhas para o baterista, e ele sabia... toc toc toc pá! a musica começou como se começa um bombardeio qualquer, mas dessa vez ninguém saiu ferido. eu contei, contei quantas vezes você contou, e contou feliz. a cor dos olhos voltou a ser a que era, qual? não saberia explicar e as folhas que caiam la fora eram bonitas, me chamaram para longe, mesmo tendo que estar ali dentro, presente, cem por cento. de repente, o que era certo ficou mais incerto do que nunca, e eu pisei em falso.

pra onde ela foi?

"não sei, qual e a próxima?"

eu perdi o meu ritmo e fui pra casa, precisava. você me entendeu.


***

casual...


uma ida casual ao supermercado, as flores que ainda vivas são carregadas por humanos com caras como as caras de todos, caras quase iguais às caras que se misturadas à minha são tão como a minha como a de qualquer outro mortal. passos que contados são os mesmos, passos marcados pelos mesmos, passos retratados que pretendem o mesmo que sempre entenderam pretender. a conspiração segue adiante, uma humanidade que - diante de um precipício que parece nunca ser fundo o suficiente para botar medo - se separa do que a transforma em humanidade como água se separa do óleo. os dois não combinam. certa vez ouvi que os semelhantes não se atraem, mas a polaridade aqui é inútil, num mundo sem regras para o que convoca e cheio delas pra quem caminha. quem caminha não serve de cúmplice, serve de mágoa... serve de recreio pra quem reprova. um desespero. um passeio qualquer por um bairro qualquer que prende o ar de um qualquer que quer respirar... o tempo é curto. sacolas se debruçam sobre robôs apressados que sem contar seus passos deram dois em falso, um ao chegar e um ao partir. o som é seco, como é aquele ar e um passo em falso é um passo seguro para quem quer estar e sim, a dor é a mesma. e não é minha. os rostos poderiam ser os mesmos. as mãos, os sons e até os sonhos, mas não as certezas. o mundo é casual porque ele foi preparado para o ser. e alguém já viu qualquer coisa casual com hora marcada?

nem eu.


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24.10.08

Carambola!


Fui ao cinema de novo! Alguém me da outra coisa pra fazer, por favor! Enfim, valeu a pena. Religulous é o filme mais correto que eu já vi! Eu respeito quem tem fé, mas não respeito quem quer me provar por A+B quando A não é A e B não é B - tão me acompanhando? - que religião e algo PROVADO! Isso não existe... e Bill Maher que eu já amo por ser do contra sempre, acabou deixando todo mundo sem ter o que responder nessa(e) comédia/documentário que me deixou rindo sozinha por horas, logo após uma sessão de choro de horas... sim! Porque a fé CEGA de muita gente me leva a sentir uma dor que não existe de tão forte... ENFIM! Vão assistir quando aparecer por ai, é bom demais, e mais do que demais, é bom no infinito de um plano qualquer que não é ditado por Deus! Porque se Deus existisse ele meteria o dedo na minha cara agorinha mesmo e me mandaria pastar na sombra... Besos.

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coisas de amigos (nao sei se posso usar essa palavra) parte IV

eu não sabia que cor teus olhos possuíam. você riu da minha cara e eu perguntei mais uma vez: "então, que cor são teus olhos?" a resposta veio quase que com trilha sonora: "ela muda conforme a minha companhia". "faz sentido", eu joguei e ele retomou, "faz? pensei que não fizesse", "claro que faz, tua companhia é sempre o melhor termometro", "para que?" "pra se ser!", "você me fez me perder"... "não importa", "então que cor são meus olhos?", "para mim? castanhos. uma cor mais minha"... "certo"... seus olhos enrubesceram por mim, entre olharam os meus por alguns minutos e assim que eu perdi a atenção você perdeu a cor. "mudou", "mudou o que?" a cor havia mudado. você moveu os ombros como quem anda com dúvida e eu perguntei "a tua companhia mudou também?", "a companhia não, mas o que eu sinto por ela sim"... e então você abriu o estojo da sua guitarra e me deu o casaco que esqueci com você naquele dia em Hubbel, eu agradeci mas você se angustiou e eu calei.

a cor dos olhos teus já não era mais como a cor dos olhos meus.

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22.10.08

Brendan and Jack said that:


"I can't see the road, if I'm looking at the sign..."

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Clariceando again...


"A impressão é que só não vou mais até as coisas para não me ultrapassar. Tenho certo medo de mim, não sou de confiança e desconfio do meu falso poder. "

21.10.08

despótico.


"ele me disse... me contou que desceu até o rio e com as roupas que usava, num dia quente de verão entrou na água até ser coberto por ela. antes, ele encheu seus bolsos de pedras e qualquer detrito que encontrava no caminho até ali. me contou que considerou voltar e gritar por mim, mas desistiu pois eu estava tão longe que demoraria mais para sua dor desaparecer. ele me anunciou que, apesar do sol, sua pele continuava pálida e suas unhas ainda não cresciam, ele as roía até não ver a cor transparente de cada uma delas, que o lembrava que ele também precisava de qualquer coisa que mantivesse transparente, translúcido e eterno. tão eterno que se morresse continuaria a crescer nas vidas de quem ele deixou para trás. ele ainda não sabia disso e se jogou na água. ela que estava fria, como ele estava pois havia drenado todo o calor que existia dentro dele. tão fria quanto seus olhos que, durante todo o tempo, permaneceram abertos enquanto a água e a falta de piedade dela o cobriam de uma cegueira momentânea, uma que além de ser cegueira era esclarecedora, era luz onde a luz demora para chegar, mas quando chega banha tudo com a mesma delicadeza que falta na hora de sufocar. ele sufocou e disse que ao sentir-se afogado, a asfixiação de um sonho o entregou tudo que precisava ter de volta e logo que percebeu o que fazia, com o fio do fim de forças que o restava, voltou à tona e da tona respirou novamente, o mesmo ar que antes o fazia sofrer, que o cortava os pulmões, que regava o cérebro com aquela odiada consciência.

com as roupas molhadas e os bolsos ainda carregado de pedras, ele caminhou de volta, para me encontrar seca de tanto chorar em sua porta.
a noite caiu fria e eu o condenei por se condenar demais."


pintura de John Grimshaw


sobre a vida em 2008

passando uma manhã inteira tentando baixar um disco na internet - e conseguindo - descobri que para qualquer musicamaníaco, viver em 2008 é uma delícia. e tem mais! viver em uma época que você tem o mundo - literalmente - nas suas mãos, - mais precisamente por debaixo dos seus dedos, já que o teclado fica por debaixo dos seus dedos - é uma sensação quase que... poderosa. eu me sinto alguém. o problema é alguns trilhões de pessoas se sentindo alguém. e sabe porque é um problema? vou te contar... eu sei de mim. sou uma pessoa bem sensata quando o assunto é o outro. sei respeitar território alheio até mesmo no mundo maravilhoso do faz-de-conta que a rede de éter é. mas tem muita gente que não tem a mesma noção de espaço vital, porque esse espaço no éter é variável! é quase irreal! ou melhor, É irreal! como a gente faz para ser mais consciente disso? resposta: sendo. tá certo isso? não da pra saber, na rede de éter não se tem ética que gere uma comunidade mais saudável, porque até navegar por ela pode ser anônimo, e suas armas cresceram e se desenvolveram tão rapidamente que fica difícil criar um guia, uma listinha de regras básicas, não tem mais tempo pra isso! então... eu vivo meu mundo fantástico no éter, esperando que não seja invadida a qualquer momento e baixando todos os cds do mundo pro meu pen drive!

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19.10.08

por falar em Jack White...


ele escreveu esse poeminha pra cidade abandonada dele, que o fez ser quem é, e eu o publico aqui:


'Courageous Dream's Concern,' by Jack White

I have driven slow,
three miles an hour or so,
through Highland Park, Heidelberg, and the
Cass Corridor.
I've hopped on the Michigan,
and transferred to the Woodward,
and heard the good word blaring from an
a.m. radio.
I love the worn-through tracks of trolley
trains breaking through their
concrete vaults,
As I ride the Fort Street or the Baker,
just making my way home.

I sneak through an iron gate, and fish
rock bass out of the strait,
watching the mail boat with
its tugboat gait,
hauling words I'll never know.
The water letter carrier,
bringing prose to lonely sailors,
treading the big lakes with their trailers,
floats in blue green chopping waters,
above long-lost sunken failures,
awaiting exhumation iron whalers,
holding gold we'll never know.

I've slid on Belle Isle,
and rowed inside of it for miles.
Seeing white deer running alongside
While I glide, in a canoe.
I've walked down Caniff holding a glass
Atlas root beer bottle in my hands
And I've entered closets of coney islands
early in the morning too.
I've taken malt from Stroh's and Sanders,
felt the black powder of abandoned
embers,
And smelled the sawdust from wood cut
to rehabilitate the fallen edifice.
I've walked to the rhythm of mariachis,
down junctions and back alleys,
Breathing fresh-baked fumes of culture
nurtured of the Latin and the
Middle East.
I've fallen down on public ice,
and skated in my own delight,
and slid again on metal crutches
into trafficked avenues.

Three motors moved us forward,
Leaving smaller engines to wither,
the aluminum, and torpedo,
Monuments to unclaimed dreaming.
Foundry's piston tempest captured,
Forward pushing workers raptured,
Frescoed families strife fractured,
Encased by factory's glass ceiling.

Detroit, you hold what one's been seeking,
Holding off the coward-armies weakling,
Always rising from the ashes
not returning to the earth.

I so love your heart that burns
That in your people's body yearns
To perpetuate,
and permeate,
the lonely dream that does encapsulate,
Your spirit, that God insulates,
With courageous dream's concern.





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do blog viciado para o mundo!


O Eduardo Lunardelli me presenteou com algo que vai me deixar feliz por um bom tempo! Ele que simplesmente não para de trabalhar em seus blogs, sempre com muita dedicação e carinho, postou no seu novíssimo Blog Viciado (linkado aqui no ilumine) uma de minhas postagens dessa ultima semana, aquela sobre o Jack White. Vou colar aqui a descrição do blog do Eduardo:

BLOG VICIADO é um blog onde prestaremos homenagem à melhor postagem da SEMANA.Concorrem todos os bons blogs da web. Levaremos em consideração o desing ( modelo), apresentação, regularidade, assunto, oportunidade,texto, e ou imagem, das postagens dos blogs analisados. A seleção em si funcionará como uma crítica. Não se trata de concurso, mas o simples fato de ter sua postagem publicada no pode ser entendido como um prêmio.O blog contemplado terá um número ainda maior de navegantes, tomando conhecimento de seu texto ou imagem. Os blogs cujas postagens fizerem parte do BLOG VICIADO,BLOG VICIADO, terão seus links relacionados no sidebar.

E se você quer dar uma passadinha e olhar as coisas boas que já estão postadas la, clique aqui (no 'aqui', gente!).
MAIS UMA VEZ EDUARDO, MUITO, MUITO, MUITO OBRIGADA! Tenham um bom dia!


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18.10.08

coisas de amigos (nao sei se posso usar essa palavra) parte III

ele foi direto no ponto, parecia saber.

"você por acaso pensou isso tudo antes?"

ainda com a colher na boca, lambia os últimos resquícios de iogurte daquele utensílio de metal e deixava o gosto preso entre meus lábios porque não teria outra daquelas caixinhas pra mandar pra dentro. meio que sem me dar conta respondi e indaguei ao mesmo tempo com a colher dentro da boca:

"depende. do que você tá falando?"

ele tinha um ar de descrédito que me irritou. colocando o livro na mesa e os papéis todos largados de qualquer maneira fora de sua ordem, tirou o chapéu estilo cartola da cabeça e se levantou. enquanto andava pela sala que não era dele, se dirigia à cozinha para roubar qualquer coisa da geladeira que também não pertencia a ele e me perguntou novamente com outras palavras, a voz que sempre me atingia com graça dessa vez passou como um vento gelado pela minha espinha:

"parece que simplesmente você plnajeou tudo, escreveu num caderninho e disse 'isso acontecerá, tá escrito', você fez isso?"

"para de alucinar e vamos terminar de discutir a cena aqui, por favor."

deixei qualquer coisa de lado e voltei a organizar os papéis sobre a mesa. barulhos de pratos, talheres e passos que voltavam para próximo de mim.

"você perguntou se podia pegar tudo isso?

"ele disse que tudo bem, você não ouviu? a gente tá trabalhando pra ele, sossega."

"está bem."

"toda vez que você fica defensiva, você só quer comprar briga"

"para de cantar"

"ha! você conhece essa né?"

"claro!"

"então responde, você programou isso tudo?"

"eu não. te juro"

ele já estava com a boca cheia de algum tipo de sanduíche que tinha preparado e eu perguntei do que era, ele falou simplesmente que eu odiaria, "tem carne".

"e já que você tá mentindo pra mim não merece comer nada!"

ele olhava e sorria. boca cheia é uma de suas qualidades. adora comer. eu anotava, relia, e pensava, mas os olhos dele não paravam de me atormentar. e o sorriso como se pensasse, "eu sei, eu sei, não precisa fingir".

"está bem, você quer ouvir que eu SEMPRE quis isso e você SEMPRE esteve nos meus planos?"

"claro!"

"então pronto, é verdade! satisfeito?"

"quase..."

"o que agora?"

"termina! fala tudo!"

"que eu tenho sérios problemas mentais?"

"não!"

"emocionais?"

"não... peloamordedeus"

"óquei, que você sempre fez parte da minha vida"

"amen to that sister!"

"feliz?"

"sim..."

e o resto do dia correu produtivo, do jeito que tinha que ser. e desde aquele minuto, e durante todo o dia ele me manteve tão próxima que era como se ele também tivesse planejado aquilo, planejado ter me encontrado, em algum momento, em algum dia desses de frio insólito.


***

conselho bom




Women, listen to your mothers
Don't just succumb to the wishes of your brothers.

Take a step back, take a look at one another

You need to know the difference...

Between a father and a lover.



*passive manipulation, de Jack e Meg White.


17.10.08

gente, to passada!

o filme In Bruges - com um humor negro, imagens delicadas, triste e sedutor ao mesmo tempo - virou NA MIRA DO CHEFE no Brasil de meu deus! o que é isso? um filme desses virou sessão da tarde logo de cara? será que o cidadão que fez essa película MERECE essa dor e humilhação!? to passada.


***

pensare

você já teve medo de influenciar alguém por pensamento? teve algum toque de obsessão calma, momentânea que por alguma razão indescritível, sem você querer, acabou fazendo com que o objeto seu de obsessão tomasse um rumo diferente do que tomaria se você não tivesse "entrado" em sua vida? talvez não tenha sido nem para o mal, nem para o bem, apenas foi. e como se realmente o pensamento misturado ao desejo profundo, a ânsia exacerbada e a choros noturnos inquietos fossem mais forte que qualquer proximidade física, me entende? você já se sentiu assim? e de alguma forma, você já sentiu que isso realmente acontece dessa forma? essa ação quase passiva de se transformar a vida de alguém por pensar nela com um amor que nem você sabe explicar... pergunto porque devo confessar que isso já aconteceu comigo, e talvez por uma questão de loucura mesmo - se bem que quem me conhece em pessoa sabe que eu finjo bem ser sã - eu não tenha compreendido como filtrar esses meus pensamentos, talvez não tenha descoberto nem como preencher lacunas nessa imaginação precoce minha, que já vai longe antes de eu mesma entender o que esta acontecendo. eu estou sozinha? talvez, mas se você nunca teve essa sensação antes, eu o convido a tentar imaginar comigo algo que talvez realmente seja impossível, mas porventura não. diz a lenda que um pensamento é um impulso eletrico, algo assim. se esse impulso é como uma molécula e ela vibra mais do que as demais a sua volta, ela é propagada, e talvez o objeto de sua intenção seja o principal recipiente dessa vibração que mesmo a distancia recebe algum sinal de que algo o tenha tocado, mesmo de longe. eu não faço sentido algum! acabei de assassinar a minha tese... enfim. pense na energia como algo que não seja "astral" ou "esotérico" ou mesmo "exotérico". pense na energia como algo que nos liga, a todos e que contrai e subtrai dependendo da necessidade de cada individuo, se ele/ela esta em alguma forma de onda disposta e preparada para captar tais moléculas e vibracoes. enfim, se isso que eu sinto que acontece, e que sempre reconheci como verdade for deveras real, creio eu estar pronta para fazer muito por muitos, se for tudo uma grande besteira dessa cabeça que não cansa de pensar e desse peito que não cansa de amar vou continuar a supor que em alguma outra realidade eu tive algum poder a mais de transformar... mais do que tenho agora.


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Novidade!


Mentira! Nunca é novidade que eu fui ao cinema! Ontem fui ver Body of Lies, que eu não sei o que os inteligentissimos criadores de nomes em português vão chamar dessa vez. Talvez Corpos Sem Luz! Há! Não... Enfim, achei o filme uma chatice sem tamanho, mas como eu sou uma apaixonada incorrigível, preciso lembrar a todos que o DiCaprio trabalha nele... o que é sempre uma dádiva, mesmo todo quebrado, com a cara cheia de destroços de bombas, pescoço com cortes profundos e mãos sem alguns de seus dedos... ele continua ELE! Tirando sua divindade Leonardica, o filme é cheio de explosões, reviravoltas e algo inesperado: os EUA não salvam ninguém! Quem salva o mundo é a Jordânia!

Buenas.


16.10.08

meu amor por Jack White...


...tem seus motivos, e não são poucos. Primeiro porque essa foto dele que está repetida à la Warhol aí em cima, é de quando ele foi preso por brigar num bar, pelo que todos dizem ele estava defendendo a honra de alguma mulher - sei lá qual - e foi levado e condenado a fazer aulas de "anger management", ha! Que piada. Óquei, não é por isso que eu o amo. Ele é White porque levou o sobrenome da primeira esposa dele: Meg. Sim, a "baterista" (coitada, gente!) do White Stripes. É o que você ouviu. Ele levou o sobrenome dela e ela não teve que usar o dele, essa é a maior prova de auto-entrega que uma mulher (principalmente nos EUA) pode ter de um homem EVER! Aqui nas barbas do tio Sam, a mulher aniquila o seu sobrenome para levar o do marido, e por isso ele merece mais um ponto na minha cartilha. Ele ainda deu o sobrenome de White para sua filha com OUTRA mulher. Fantástico. Outra coisa: ele vem de Detroit! E diz a lenda que Detroit é capital do assassinato e da corrupção nos EUA, infelizmente a lenda nesse caso se faz verdadeira, o que mais do que rapidamente me faz entender bem de onde ele veio, já que eu mesma vim da capital do crime e da corrupção canarinho: Sampa Gotham City. Ele não só toca bem, aliás, não, ele não "toca uma guitarrinha bem", ele tem o seu próprio estilo que, convenhamos, hoje em dia é dificílimo encontrar. Criatividade em uma era de digital art e de mais de seis trilhões de pessoas é coisa única, o que o dá mais credibilidade ainda, porque ele não para de fazer música, e música boa! Ah, tem mais, ele foi aceito em um seminário em Wisconsin - sim, para ser padre! - e no último minuto decidiu simplesmente ir para escola publica, e tudo isso porque ele tinha acabado de ganhar um amplificador novo para a sua guitarra e achava que não iriam aceitar aquele treco nas imediações da escola de padres! Em um show em Manaus, ele decidiu ir pro meio do povão que esperava lá fora para entrar - já que não tinha espaço - e tocar pra eles com um violãozinho acústico! Além de ter casado com sua segunda esposa la mesmo, com a primeira esposa Meg como dama de honra! Diz se ele não é uma figura, e uma das boas? E hoje deu vontade de falar sobre ele, não me pergunte porque.


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15.10.08

the harvest moon let the sun take its place


eu me deito sobre o sofá ao lado da minha cadela que é dourada e que aguarda com o couro e o pelo frios, como esperasse no lugar exato por onde o sol gosta de aparecer primeiro, e ele logo aparece. tímido no começo, quase sem forças. tem medo de quebrar o encanto do outono, que por essas terras deu a luz ao dia das bruxas, o famoso halloween. sim, o encanto do outono por onde eu ando é quase mísitico. é o que o povo que cresceu aqui mais tem de encantador, e o sol tem medo de destruir isso também. um raio quase anêmico atravessa a grande janela da sala e cai sobre o corpo dourado da menina que se deita ao meu lado, que está quieta, olhando para mim como eu olho para a janela. outros raios vem dizer olá, e se apressam para também timidamente pedir licença e ir entrando, com medo do frio lá fora. eu deixo. permito passagem porque mesmo antes tendo sérias questões a resolver com o camarada sol, sinto que mais do que tudo o nascer dele é todo dele. não posso pedir que deixe de ser da forma que quer ser, como ele não pede nada de mim e nunca irá pedir. eu permito. o outono que cede algumas horas do dia a qualquer que seja o caminho do sol a percorrer, recolhe como oferenda as folhas que caem, as frutas e legumes que estão sendo ceifadas, as noites claras de estrelas, as sombras que vivem nos becos e que acompanham as sombras de quem anda por eles. eu permito. como nunca permiti uma estação cobrar nada de mim, agora eu prometo trégua, por enquanto.


e o vento frio que eu respiro me dá mais uma nova e inteira realidade para viver: a minha.


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pintura de carol nelson

14.10.08

tertúlia - tema: VOAR

essa é a minha contribuição para as tertúlias virtuais que começaram aqui.
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Voar.

Se desfazer em luz, porque se sentir livre como livre é o pássaro que voa sem medo é ser sem medo. Ser translúcido. Quando se voa, se é translúcido, como a própria luz, que corre livre através de formas e ambientes, passando por obstáculos tremendos - que obstáculos que a luz encontra? os contorna de forma brilhante - e mesmo assim aparece do outro lado, livre para se entender da forma que for, como seria se nós pudessemos voar. Como quem arranca o chapéu e joga pro ar poque sabe que aquele é o último segundo, o último segundo do resto de sua vida.

Voar.
Imagino que seja como uma canção. Onde se tem um piano e você, e um mundo vazio, que não te escuta, mas o não escutar é bom. É cheio de vazio que conforta, por não ter de ser nada, entende? Simplesmente se é, como é vazio o voar, e confortante. É sim, como uma canção, uma pirâmide no ar que gira e finalmente não tem mais base que a sustente, porque a sustentação agora é inútil, o ato de voar faz com que matéria se doe e se transforme, como a de um simples lagarto que se doa e sofre para que asas dêem lugar ao desespero, voar é dar asas a falta de desespero. E qual é o nome disso? Ausencia de desespero? Confiança? Não. Confiança nunca, está acima disso, é simplesmente ser.

Voar.
Como alguém pode imaginar o que seria poder voar?


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13.10.08

eu disse...

...que o Ringo Starr sempre foi o beatle mais imbecil e o mais sem sal, açúcar, pimenta ou qualquer coisa que o de alguma cara de gente. ele acabou de banir o "fan mail" de seu website e respondeu: "I'm too busy to sign autographs". do guardian.com:

'The former Beatles drummer has posted a message on his website telling fans that anything sent to him after October 20 will be thrown in the bin. Peace and love!'



retardado. tenho dito.

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12.10.08

leia zinn - howard zinn


“There is no flag large enough to cover the shame of killing innocent people.”

"Não há bandeira grande o suficiente para cobrir a vergonha que é matar pessoas inocentes"


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11.10.08

Battle in Seattle - Acho que é o fim

Depois que vi esse filme, se esgotaram todas e quaisquer idéias para expressar o quanto o mundo não tem sentido. No fundo, eu creio, que quem luta pra dar voz pra quem não a tem, não merece um pedaço do céu, merece o mundo de volta. Merece a voz, o peito, o cravo fora dos pés e das mãos, a chuva de dor lavada e levada pra longe. Cada um carrega o seu peso, eu sei. Mas quando o seu já não tem mais distinção entre o pessoal e o comum, uma justiça muda (calada) atiça a cegueira alheia.

Quando alguém se doa e mais do que isso, se impede de viver para trazer os olhos do mundo de volta para o que interessa, uma lent
e à distância extrai algo indivisível do que registra, a humanidade do ser humano, e permite entregar em bandeja de plástico mesmo, a verdadeira glória de simplesmente se ter uma sensibilidade que deveria fazer parte de todos. Que simples isso que falei, não mostra o que realmente é a vida de quem se dá pela vida, de quem acredita nela... Talvez seja assim porque eu mesma não tenho muita fé nesta joça, nesse troço qualquer que da poder a quem o tem e o cospe na cara de quem não tem, sim, sim, a velha história. eu sei. Minha auto-crítica me impede de deixar o clichê passar batido, mas não tenho como ilustrar melhor essa história a não ser falando sobre essa eterna batalha travada entre o que tem e cegamente teme por perder e o que não tem e cegamente não vê - óbvio - que existem tantos iguais a ele, que se unissem forças não estariam nunca mais nessa mesma situação. É preciso se mover. É preciso enxugar o rosto enxarcado de sangue e lágrimas que de uma certa forma colorem a retina, é preciso recolher os corpos, amontoá-los aos poucos, prestando homenagem a quem não resistiu. É preciso secar as calças, secar as meias e vesti-las novamente antes de voltar às calçadas. É preciso driblar o medo, um medo só, um medo que não é só medo, é traição a si próprio, e assim que conseguir passar por isso, é necessário que se entregue à queda mais livre que jamais viverá, a de se entregar à liberdade em troca de pão... Para quem não conhecia a sua cara, até então.



- Mais especificamente sobre o filme: Filmado no Canadá e em Seattle, Battle in Seattle é dirigido pelo então ator e agora diretor estreante Stuart Townsend - não, ele não é parente do Pete do The Who - que namora uma das atrizes do filme, a estonteante Charlize Theron . Também no longa, Ray Liotta e Woody Harrelson tem papéis até que relativamente pequenos se você os comparar com os três principais ativistas na trama: Martin Henderson, Michelle Rodriguez e André Benjamin (o Andre 2000 do Outkast). O filme ainda conta com um elenco bem servido e com historias paralelas que tem todas algo em comum: a batalha nas ruas de Seattle. Pra quem não sabe, euzinha que vos fala tem um amor incondicional por essa terra (Seattle), primeiro por tudo que ela representa para a música, e segundo por ser a única cidade onde ainda existe gente pensante nesse país. Desculpe-me mas pelo amor de deus.... Algo está muito muito podre e fede no reino da Disneylândia. Mas é claro, já era de se esperar.


Enfim, por favor, dêem um JEITO de ver o filme, nem que seja no Youtube.



Boa noite.




*gentem! tá tarde, o texto deve estar cheio de erro e eu não ligo! um abraço.

10.10.08

as flores estao congelando no jardim

eu não sei mais fazer de conta e se esqueceram de ligar a luz não foi minha culpa. se acabou de vez a agua e a sede matou o bode, porque será que os aviões não param de sobrevoar? ja sei, é que a vaga para urubu foi tomada por gente que usou uma isca pra provar uma tese falida. o dia, ele esta cheio de si. esbanjando claridade pra quem quiser ver e ouvir, mas enquanto o tempo passa, passa o ruído de quem respira com dificuldade a procura de alguma ilha que guarde seu trunfo seguro de qualquer mar. ou não. eu já me esquivei sem me esquivar, já dancei. já entrei em qualquer que seja esse ritmo perverso, já marquei meu tempo fora desse e de outros mundos, já arrisquei. eu, que mal quis qualquer coisa que fosse já quis mais do que todos, já conheci gente que quer e que esquece, partidos que tomam partidos e que largam mão, ruínas que voltam e tomam posse e fantasmas impróprios em terras atrasadas que de santa não tem nada. a palavra saiu, ela veio pra me dar um tapa na cara, eu não entendo disso, sei revidar ao meu modo e ele é calado. o mundo que consuma o que for, eu não sei de nada. eu ouço isso todos os dias e noites. eu deixo com que a resposta se transforme em um nada abstrato pois assim é mais fácil de lidar com o tudo concreto que eu carrego em mim. eu carrego mais do que um mundo em mim, e nele não há gente assim.


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9.10.08

porque me deixa feliz

hoje postado no blog noVIta:


(clique nas fotos para ampliar)





se lisonjeio envelhecesse, estaria com mais ou menos duzentos e oitenta e três anos... aproximadamente.


que feliz que me deixou... ;)


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8.10.08

alguem tire a clarice da minha vida!


'A narradora levanta a hipótese de nunca ter sido ela mesma senão no momento de nascer, e o resto tinha sido encarnações. Depois ela afirma que não, que ela é uma pessoa. “E quando o fantasma de mim mesmo me toma – então é um encontro de alegria, uma tal festa, que a modo de dizer choramos uma no ombro da outra”.'


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qualquer besteira


eu hoje não tenho vontade de escrever ou falar nada, aliás, nem vontade de sair de casa eu tenho, mas preciso! e ficar ouvindo música e lendo coisas de gente que eu amo não ajuda nada na minha vontade de me mexer. ai deusinho, porque será que tem dia que a cadeira e a mesa do computador parecem as coisas mais deliciosas da terra? deveria ser proibido, na verdade eu precisava perder a cara de pau e vestir uma mais humana porque a alma pede, mas o dia não. cada vez que eu lembro que tenho que dar sorrisinhos para gentes que não os merece me seca a garganta, mas fazer o que? viver pede isso. e mais, viver pede pra que todos sejam mais do que deveriam ser, mais duros, mais meticulosos, mais indo contra o que verdadeiramente são do que ir a favor da maré que rege o seu âmago. viver pede cada coisa que viver deveria ser ilegal, só poderíamos ser e mais nada, assim não haveria tempo ou espaço para se criar ganância ou misérias humanas, apenas seríamos! eu votaria nessa lei se fosse senadora do mundo. aliás, sou a favor da globalização se a mesma tivesse apenas uma ideologia a guiando: que todos sejam livres, assim decreto por poder dado a mim e só a mim, tenho dito. mas que besteira! preciso urgentemente abrir mão de ser tão besta, ou vou ser engolida pela vida que de leve não tem nada. acredito que talvez, se eu fosse um pouco mais dura perderia minha humanidade e as palavras escapariam e a minha alma não dançaria mais mesmo no escuro, não ligo pros cacos de vidro no palco, meus pés já se calejaram, mas... viver! ai viver... me pede mais do que deveria pedir, me força a não ser e isso é terrível pra quem não aprendeu a fingir na escola.


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7.10.08

por falar em crise...


"o crescimento é uma piada"

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6.10.08

ensaio sobre a cegueira, a saga

muito se falou sobre o filme, mal. oquei galera, i see. muitos falam que o filme é realístico demais e que o Meirelles (que eu já cansei de elogiar aqui no blog depois do jardineiro fiel) teve um algum problema em transformar algo quase fabuloso em um épico do homem moderno. genteeeem! o livro é sobre tudo que é moderno! conflitos criados apartir de uma modernidade fora de órbita. ate porque, como o Fernando Meirelles disse no seu blog do filme, o autor, José Saramago, não da nenhuma solução aos problemas mostrados no livro, só os entrega como se lavasse as mãos após trazer a tona as dores do mundo para que os próprios causadores delas tivessem que aprender a se responsabilizar por seus filhos. eu creio no cinema. eu acredito na raiz da dor e ela, somente ela vale a pena ser rebuscada nele (cinema). seja qualquer o tema, o que faz do humano um humano é a capacidade de ir realmente até o cume da ilusão e da dor - que se entrelaçam em momentos e de maneiras diferentes, muito regularmente - e voltar com uma boa historia pra se contar - coisa que eu preciso aprender a fazer. o Fernando Meirelles que me perdoe, mas ele só fica mais interessante, mais ainda que a Julianne Moore que esta única no filme, alias ela é um orgulho para toda e cada mulher existente no mundo, precisamos ser mais como ela. outra, acho lindo ver um brasileiro do lado dela, do Mark Rufallo, do Danny Glover e do Gael Garcia Bernal, fazendo filme enoooorme, com grana forte investida e um mundo de gente criticando, porque é assim que vemos que o filme deu certo.

well, e sobre as criticas, eu entendo. entendo que o filme é isso e aquilo, e que o Fernando Meirelles é isso e aquele outro, mas mesmo assim eu não posso negar que não posso de maneira alguma ir contra algo que seja tão desesperadamente humano como esse filme é. e angustiante, como a vida é.

amem.


*notaram a placa escrita Brooklin Morumbi no fundo da segunda foto!? que orgulho besta o meu! ate dois anos atras eu passava por ali todo dia...


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5.10.08

paciência comigo


bom, eu estou lendo um livreto chamado All I want is The Truth, que fala obviamente sobre a vida de John Lennon (sim, ele novamente, sorry!) e eu fico passada porque aprendo uns fatos que me fazem exercitar meu lado psiquiatra, enquanto percebo as coisas que ele acabou fazendo e porque fez o que fez. a história dele é clara, tudo o que aconteceu realmente o formou, não só isso, a época e de onde ele veio também. o mesmo eu digo sobre os seus colegas de beatles, cada um deles (tirando o Ringo que mais uma vez parece que nem muita história tem) acabou sendo exatamente o que precisava ser, como uma grande mostra do que o meio e sua família podem fazer com as suas escolhas. outra coisa interessante é como o John e o Paul se conheceram e como eles se transformaram em melhores amigos, quando um tinha medo do outro, o outro tinha inveja do primeiro. tô passada, preciso dizer. nunca imaginei que daria alguma razão aos estudos que pareciam furados de Freud, meu pai que me perdoe!

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4.10.08

Perguntinha...

Alguém me responde se depois que um livro é posto na estante - um livro bom - para que o leitor o adquira, a sua vida se repete e não tem fim enquanto exista alguém para o ler ou ele morre quando o escritor o termina?

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concordo, concordo II



Já diziam os Beatles, 'life flows within you and without you'.


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concordo, concordo


Já dizia Nietzsche, no céu todas as pessoas interessantes estão desaparecidas.


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3.10.08

sobre o sonho meu

Eu me acostumei a sonhar com os olhos abertos, se os fecho, não tenho a mesma capacidade de visionar palácios, reinos, lagos e pessoas com rostos familiares e outros nem tanto em minhas viagens por terras inóspitas. Penso que foi minha culpa, nunca pensei que pudesse viver sonhos e mesmo assim ser levada a sério por quem era... "real". E de fato por algum tempo não fui levada a sério até que admiti em voz alta que não fazia mais "aquilo", enquanto que ainda de olhos abertos, ouvindo reclamações, caminhando pelas ruas, fazendo compras, trabalhando e dirigindo meu carro me acostumava a sonhar enquanto o mundo rodava a minha volta. O mundo era a minha trilha sonora, meus olhos viam coisas que não haviam. Será que essa foi a melhor alternativa? Não sei. Não sei nem se é alternativa, mas foi uma maneira.


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e.v.


"i guess it was the beatings... made me wise"

fragmento = migalha


"Ela esperava calada por ele na porta. Descansava a cabeça contra o batente, assistia com paciência as folhas sendo sopradas para lá e para cá, o mundo respirava e ela o deixava participar de sua própria respiração.

Ele aborrecido a seguia, mas parou antes de chegar até ela que estava parada a sua frente, observava aquela que foi a única pessoa que jamais dividiu cada tormento de sua alma com ele, mesmo de longe. Respeitava a si e o seu desespero. Mais do que tudo a respeitava, ela o amara de fato e era dele, para todo o sempre, mas hoje ela partiria.


Sem entender o que fazia, ele a concedeu um abraço que secou o rosto de quem já não aguentava mais chorar."

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1.10.08

black bird fly, into the light of a dark black night... - e eu voei.

ele disse "so I'm gonna start a revolution from my bed" e "don't put your life in the hands of a rock'n'roll band that will throw it all away", e eu disse "so sally can wait, she knows it's too late as we're walking on by..." e o céu se abriu e todo o confete do mundo caiu, logo ali sobre a minha cabeça. "so sally can wait, she knows it's too late as we're walking on by...". a música tocava plena enquanto eu andava vazia por aquela rua mais uma vez. pra que você foi me enganar? e agora me mandar alguém pra abrir meus olhos... desculpe-me, I wont look back in anger... at least not today. e você teve que voltar, olhou de volta, me parou mais uma vez e, como quem não quer nada disse para eu me apressar, a vida - você repetiu algumas vezes - te espera lá fora. e eu respondi certa de que mais uma vez você estava me enrolando como sempre fez, eu resmunguei correta "a vida, honey pie, is inside..."


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