28.11.05

admito. sei que não sei.

existem arestas que dizem respeito só a mim. que existem apenas dentro de mim. não é custoso entender que dessa dor não vou tirar proveito, carinho e nem mesmo a tão estimada primavera que vem depois dos dias difíceis. sou louca, você me compreende. não resta entre essas mãos mais ninguém para arrancar de mim. sou de lua, das estrelas que ainda brilham mas que morreram há um longo tempo atrás. estrelas? quis dizer estrelas cadentes, errantes, perdidas na noite. essa ineficaz sensação de solidão não produz em mim razão, devo admitir.
sou incapaz de transformá-la ou de progredir perante ela.
mas que ser pode se dizer conhecedor dessa arte?
quando não há arte que transforme a necessidade de alguém nutrir-se de amor?