31.5.08

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"Everybody's got something to hide
except for me and my monkey."

*

amen, tenho dito.


*


introducing... The Beatles!


"Everywhere there's lots of piggies living piggie lives,
You can see them out for dinner with their piggie wives,
Clutching forks and knives to eat their bacon."
The Beatles - Piggies


Gente, eu sei, matem-me! Eu quero hablar sobre eles. Uma pitada de tédio, outra de café e uma boa dose de sorvete me fez querer ouvir Beatles, dai fui ouvir, sabe? E acabei me dando por conta de uma coisa (que eu já tinha pensado antes): eles não são NADA demais! Meu amado estudou TODAS as musicas dos Beatles porque para os baixistas, Paul McCartney -em termos de composição- e Mozart! Mesmo assim, se voce ouvir e ouvir e ouvir e cantarolar e pular e chorar vai ver que não tem nada de mais na musica deles... Agora, se você assiste um show gravado, uma entrevista antiga, se vê algumas fotos deles todos juntos e ainda mais se você estudar um pouquinho de cada um deles, você entende melhor a falta de "algo a mais" no que eles faziam, o algo a mais - pra mim - eram ELES! Sabendo disso a vontade de ouvir e cantarolar e pular e' triplicada e ate me da uma certa náusea a cara da pobre da Yoko! Então, why don`t we do it on the road!? No one will be watching us! Tire o po' dos cd`s e discos velhuscos e botem Mr. McCartney, Lennon, Harrison e o bundinha do Starr pra tocar porque da vontade de ser adolescente em 1964 e querer chorar por cada um deles (no meu caso mais pelo John) e tomar chá comendo biscoito 'as cinco.


besos e let it be!



*sorry pela falta de acentos...


***

il a eu peu de chance

perdeu a vez.
enquanto caminhava sozinho, perdeu a solidez.
enraizou no meio do ninho,
perdeu a sensatez.


***

26.5.08

ei, bufalo bill

não no mundo motivo pra se esquecer de ser quem você e. você me entende? se por alguma razão banal você em algum momento tornou-se próximo a alguém que lhe comunicava algo profundo, que te fazia sentir igual, não vire as costas ao perceber que aquele ou aquela não lhe cai bem mais... as pessoas `as vezes não aparentam mas são sensíveis. eu gosto de não ter que me dar ao trabalho, não faço muitas amizades porque sei que sou, de alguma forma, mutante. em todos os aspectos de minha vida acabei sempre mudando, mas certas almas que encontrei no caminho nunca mudaram de mim - se e que você me entende. gosto de ter algo que seja eterno nesse mundo constantemente inconstante... não sei se faço sentido, sei que faço sentido suficiente para mim mesma que vive nesse inteiro pela metade, portanto tenho um conselho a você, senhor ou senhora da razão de todos os relacionamentos humanos: não de as costas, porque encarar olho no olho sempre foi a maneira mais honesta de se ganhar numa luta.


24.5.08

que bem que a falta faz

eu descobri que ser pura e simplesmente é uma dádiva. se permitir ser da forma que se é é algo único e belo, como é belo assistir apenas, as águas caírem, as nuvens se formarem e se dissiparem, as montanhas ficando verdes e brancas novamente e os carros passando, cada um com sua bagagem de cores próprias... não se é simplesmente porque dói. o ser é quase um ponto de interrogação em movimento, uma pergunta em mutação em um monólogo para uma plateia cega e surda, mas não muda. ser é puxar a cortina e ter que correr pro meio do palco e perceber que a luz não foi focada no lugar certo... é perceber que o projetor congelou e você precisa improvisar. quando acordo gosto de ter tempo e a sensação de se ter tempo é tão falida quanto a de ser, é um fim sem começo - pobres de nós - é um ponto sem ponto pra virar linha e eu tenho que partir, porque ter meu computador de volta e minhas letras e acentos brasileiríssimos está fazendo um bem danado a mim, tenho dito!


23.5.08

quoting myself:


numa conversa com o rafinha
(o moço lindo da foto, que saudades dele!) no msn:




AliceSalles diz:
Ser Brasileiro é ser duro e feito de nó e tripas.... e ao mesmo tempo conhecer a sétima maravilha do mundo aos pés da beleza mais profunda existente....



***

18.5.08

gipsy cafe...


mulher cigana, tem dente de ouro que reflete na cor da moeda da guilhotina 
- tchim tchim, a cor da moeda reluz na retina.
rosto pálido de quem não entende de marina,
falta de alivio, nunca relaxa os ombros
nunca relaxa a mentira
de que esta em busca apenas da felicidade
mesmo que repentina.

mulher de longe
tem cheiro de bonde, ainda.
o ar tem gosto 
de soco no estômago
eu aqui também me perco.
não sei se estou no fim do mundo ou no beco
de um canto qualquer em que tudo que vejo
e uma porta de cristais, cheiro de patchouli e pão de centelho...

o mundo parou!
não! foi o tempo!
dentro dessa meia casa,
no meio desse meio tempo,
e eu acabei aqui, por falta do que fazer
esperando meu nego
ouvindo o tchim tchim do maquineiro,
roubando ar como quem rouba queijo.

cara de maribondo!
não aguento mais...
tapete falso da índia,
cadeira feia-chamam de rústica!
sofá que cheira a óleo, pintura lúdica
cores fortes, pimentas, caras de morte
por todos os lados ganesha a postos
mistura de tribos, mistura de rostos,
uma verdade inventada, fruto de falsos revoltosos...

isso me lembra de sonhos e enfeites
um tempo que a gente
era ainda cliente...


mulher cigana fala línguas mil,
todas com tempero
e ar senil.





*me perdoem a falta de alguns acentos... 


10.5.08

colorido

são das cores diferentes, do vermelho forte, das folhas quase verdes, das cascas marron-escuro, que me enche os olhos e a boca. ele me avisa - é frio e seco! - mas a pele não se rende e descasca por causa do sol livre que queima, no meio do vento frio que te faz achar que ele não vai ter espaço, mas espaço é o que há pros lados, pra frente e pra trás. lá embaixo tem rios de gelo, vales de cores, pessoas de outros tempos, pra cima tem céus de um azul ácido e às vezes de estrelas que não existiam nem em pensamento, e é de um pensamento distante que vem meu prazer, é de um jeito desconhecido que aprendo a sensação do arrepio, a cada sopro frio de cada nova manhã.

***