17.11.05

Lya. Luz.

Escrevi isso no dia 15 de novembro...
Peguei o livro da Lya Luft mais rosa da estante. Sem julgar. E comprei. Pensei muito nas minhas finanças antes, na quantia que era necessária no dia seguinte, até para o meu café e comprei, junto com o primeiro cd do pearl jam (já que a cópia que eu tinha ficou completamente gasta). Realmente não me arrependi. Descobri Lya Luft da forma que gosto de descobrir autores, pela sua prosa. E lá estava ela, despida diante de mim. Essa mulher loira, cheia de emoções e de vida pra não sentir e apenas arrebatar...
Me senti tão próxima dela. Tão próxima de me descobrir além da capa rosa e das letras delicadas. Sou grata ao momento que abro as cortinas. Ao momento de modesta explosão que ocorre a minha volta quando perco a razão de quem fui e de quando me transformo novamente. Sempre.
Hoje me sinto assim, nova. Os tons que coloriam meu rosto hoje estão um pouco mais fortes. A minha imensidão se expande através da grande certeza de que sou levada pela sabedoria da intuição... pelas palavras que fluem sem razão... e vou.
Vou ler meu livro. Vou ouvir as canções e boa noite.



Pense
Mas pense rápido.
Minha luz não tocou você.
Então vou correr mais uma vez e você irá ver
Além das curvas, serras e dos vales.
E lá encontrarei você, envolto em seu pensar.
Mais uma vez.
Sem entender.
E mais uma vez vou fechar nos olhos
Os olhos seus
E fechar na sua boca, a verdade que não há
Em querer entender.
Assim serei nada mais e verei nada mais e saberei nada mais.
Nada.