25.11.07

i believe in jolie



20.11.07

wild horses, will we ride them someday?

é bem assim, é.. como vou dizer? assim pra mim...
é, eu sei que nunca realmente tentei
e eu não tenho muita idéia do bem que eu poderia fazer...
como eu posso dizer?
é assim especial pra mim, assim pra mim do jeito
que é pra você o que te faz feliz de tanto
que te fez sofrer,
como eu posso dizer?
é bem assim, que quando você sente falta dessa coisa,
faz arder os olhos e as feridas - as visíveis
e as escondidas - e te toma o fôlego como bala
que toma o hálito, como fogo que toma a casa,
as roupas e as fotografias... é um tipo de dor
que seca a mordida, que molha as palmas das mãos,
o meio das costas, que põe a prova toda a vida
que borbulha nas suas veias, é sim uma delícia,
uma sensação tão única que desaprova qualquer regra
e contribui pra que visão seja mesmo só opinião,
faz com que tudo vire filme... filme que no fim
te faz esquecer de enteder...
afinal o que é importante é o que é pra ser...
.

é assim pra mim, tudo isso inexplicável e faz tanto tempo
que não a sinto, essa dor que de tão minha
se locomoveu com o vento
quando eu parti da minha terra,

quando cada grão de areia do meu quintal
se misturou com cada lágrima perdida desse arsenal...
cade? o que sinto se perdeu e eu assim, tento explicar
o que isso faz de mim,
o que essa vontade e essa dor é apesar de não ser
e não querer nunca ser
descoberta ou tratada como dom...

.
é nada e é tudo e é tão tudo que não sei manter...

14.11.07

we will dream together...

a world of peace, no blood.



*essa parede foi toda pintada no dia depois que eu tirei a foto...
n. cahuenga, entre sunset blvd e selma. Los Angeles, 13 de novembro de 2007...

vinte e três... say it again!



sentei aqui - não literalmente 'aqui', porque o 'aqui' nada mais é do que um 'espaço' na 'internet' que funciona como uma rede de éter, portanto não há um 'aqui' ou 'ali' dentro desse emaranhado de 'fios' que interconectam pessoas por todo o mundo -, na frente do computador e escrevi por alguns poucos vinte minutos - poucos porque eu acho triste quando demoro muito pra escrever qualquer coisa, então preciso acreditar que foi rápido - e escrevi detalhadamente como foi o meu dia 13 de novembro de 2007 nessa nova cidade e com essa nova vida que estou levando. mas é claro (leia cla-a-a-aro), apaguei tudo assim que reli pela primeira vez. 'o que é isso alice? diáriozinho? autoafirmação? preguiça de ser quem é e escrever com todas aquelas viagens de textos alucinados e perturbados em que está acostumada a se expressar? qualé!?'... decidi simplesmente explicar que agora, no... - leia com voz de narrador de filme - alto dos meus vinte-e-três anos - sai a voz de narrador de filme - nada em mim mudou, a não ser o espaço geográfico, as preocupações e a língua que preciso usar pra me expressar diáriamente e que às vezes me faz relembrar o quanto eu achava que sabia! o meu treze de novembro foi assim, repleto de canções jazzísticas de queen latifah e nina simone, mini barras de hershey's pra todo mundo que trabalha comigo, ligações inesperadas e fofas que me fizeram chorar, batatas fritas com queijo, amigos recém-descobertos querendo me fazer feliz, recadinhos no orkut e no msn que também me fizeram chorar e café! café, café, café , café... encerrando com uma baita dor de cabeça e um amorzinho de esquilo me carregando pra cama...




8.11.07

isso existe?

A luz está baixa...
O tempo lá fora está pra estar aqui dentro,
O som também toca daquele jeito que faz a gente querer ficar...
O cheiro de madeira está fresco, os corpos estão frescos, tudo tão novo e tão nosso.
Enquanto o mundo se persegue em círculos,
Enquanto eu espero o ritmo mudar, o vento soprar, a água clarear...
Enquanto nada mais do que o agora importa
Eu quero estar com a luz baixa,
O vento soprando lá fora,
A música tocando feito veludo contra a pele
E você me contando baixinho que não faria nada
E que não seria nada enfim
Sem mim...



(e é por isso que eu fecho os olhos e durmo tão bem com você aqui...)

6.11.07

e ela cantou de um jeito que fez o céu desabar

ela soltou no céu um balão cheio de sonho e cor

ela deu o tom do azul do céu

ela tirou o cinza do céu

2.11.07

aviso


Todos estão gritando.

Está em todos os cantos, o quanto tem sido difícil se agarrar a quem se ama.

Identificar, no meio de todo esse mundo de gente, quem é importante o suficiente pra se querer próximo já uma tarefa quase impossível. Ser da família, ou melhor amigo de infância ou amor da sua vida já não é mais motivo pra se amar ninguém - é isso mesmo, você não leu errado, o amor da sua vida não é importante o suficiente pra ter o seu amor, não mais.

Não sei se é uma crise mundial ou regional, se é uma coisa dos ocidentais ou simplesmente uma doença que a gente adquiriu depois de passar por tantas guerras e perdas inúteis, se simplesmente paramos de nos importar já que tanto foi tirado de nós por nenhuma razão lógica, só sei que está na cara de todos e em tudo que é humano. Em todos os filmes, livros e revistas, em todas as músicas, peças de teatro e artes plásticas... todos estão gritando. Se segure firme a quem quer que faça você feliz.

Não é a toa que nascemos da união de duas pessoas, do encontro de peles de texturas diferentes, de cheiros distintos...


Não é a toa que quando o sol encontra a chuva se desprendendo do céu, um arco-íris coroa as suas diferenças com um sorriso largo e único...


Não é por qualquer razão besta que procuramos olhares, abraços e palavras que se encaixem tão bem com a gente que faça de alguns poucos minutos motivos para sermos mais a gente e menos superficiais...


Não é a toa que viver é uma troca de experiências e momentos. Nada mais do que isso e todos gritam porque estão perdendo esse objetivo de vista, ele está afundando lá onde o sol toca o mar, onde nossos braços não alcançam, todos gritam e lembram aqueles que ficam, se segure firme a quem quer que faça você feliz.

***


Hoje eu respirei fundo e senti no ar o medo, a doença se espalhando, o vazio aumentando e decidi causar um certo pânico em mim mesma e em todos que tiverem a paciência de ouvir. A gente não foi feito pra aprender a lidar com a vida sozinhos, a gente foi feito sim pra aprender a lidar um com o outro e encontrar nesse convívio inspiração, beleza e um suspiro intenso e profundo de alívio... sim, a gente vive por ele por isso lembre-se e seja piegas mesmo que é assim que é bom, cuide bem do seu amor seja ele quem for, mas cuide, cuide muito, muito bem...



*foto por mim mesmíssima