31.7.08

tremenda falta de educação

eu podia errar, de propósito. inventar línguas onde palavras são mero acaso da ação. eu devia calar e caminhar, observar o mundo como um labirinto de oliva ou gritar seca, sem nó nem faca contra a cara de um tufão de ideias e de um mundo repleto delas. eu acho que cansaria fácil de ser assim como eu sou, se só o fosse e não parasse pra não ser. a gente tem que parar de ser de vez em quando caso queira voltar a ser fique bem treinada essa volta... nada é fácil nesse mundo pré programado! eu podia aprender a enterrar palavras, sonetos, canções, baforadas, enganações, revisões, olhares tortos, gente de má fé, gente de boa fé, cuspideira, carpinteiras, mulheres cheias de teias, olhares tortos, sombras asquerosas, cheiros de carniça, ventania à toa... vixe! tanta coisa que eu podia fazer... mas eu paro por um belo dia e chego de pensar. é bom olhar, assim quieta antes que a maré te engula.