20.7.08

the sea will rise, please stand by the shore


eu acho que o que eu quero falar pro mundo não adianta, já foi falado tantas vezes por vozes tão diferentes da minha e tão infinitamente mais poderosas que a minha, que já não tem mais graça.


mais do que graça, não há mais paciência de ninguém suficiente pra se ouvir tantas vezes a mesma coisa, mesmo que essa coisa seja bem mascarada, nos fazendo achar que não
é a mesma ladainha e sim algo praticamente criativo e único. não existe algo único por principio. não existe principio, a principio. não se existe queda pra lados, palavras que façam completo e imediato sentido, não há solução pra nada, a não ser pro medo. eu acho que achar é coisa de gente que não pensa e eu não acho coisa nenhuma, eu só sei, mas o mundo não é suficiente maduro pra deixar a gente saber - e o mundo que eu digo não carrega o povo nas costas. as vezes a gente quer amarrar sentido em sentido, fazer um colar de miçangas enorme pra dar a volta em todos os pescoços e deixar todo mundo morrer feliz e colorido, mas infelizmente não caio nessa. e muitas vezes a gente quer entender de criar arte dizendo que e único, gente! não é não... fazer o que? feliz, ou infelizmente eu acho que cai nesse entendimento quase que do décimo oitavo andar, mas não doeu, a queda foi praticamente um voo. e enquanto eu ouvia a mesma musica que eu sempre pensei que teria sido escrita por mim se por algum acaso eu fosse outra pessoa com a mesma cabeça, percebi minhas faltas de limitação ao ser tão parecida - e tão única POR ISSO - com quem entendeu de mim antes mesmo de eu nascer.
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tenho dito.