22.12.08

aos grandes dois nadas

ah e se tem coisas que respiram lodo por entre as lentes, são aqueles mesmos olhos que algum dia foram infantis o suficiente pra não entender do que me restava. se fizeram de compadres, de uma coisa única e linda, e claro, usaram o para sempre e o eternamente como se fosse mel nesse café sem gosto que eu teimei em ingerir. eu sei, eu sei. eu sempre sei, desde o começo. essa é a diferença. e enquanto o sol se depara com o fim eu gasto meio terço de uma página enquanto eles gastam o mundo a fora sem precisar de mais nada que não seja a velha, boa e eterna irrealidade. eu aceito e me calo. não faço mais do que minha obrigação.

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