6.10.06

se bem que... talvez seja.

você sabe o que eu deixo você saber
eu corto na pele com a navalha de infância que me lembra que
amar não tem tempo ruim
e que o amor nunca foi descoberto enfim...
eu peço permissão para um suspiro a tempo de me recompor
e de te olhar e deixar novamente, você se vestir
e saber de mim apenas o que deixo você saber
.
mas agora pretinho, me diga:
você não lê nas minhas coradas faces um quê de prisioneira das emoções?
veja manchada na minha roupa e no jeito de andar que eu não sei ainda muito bem
o porquê, mas sei que te quero...
eu perco meu tempo com tristeza
mas ganho tempo pra pensar e penso em te dizer o que sinto
e me atormenta beber desse vinho
porque sei da ressaca do amanhã
.
mas então, você me diz que "viver é um porre!"
e que os "intervalos é que fazem a diferença..."
você me ensina, sei lá como
que eu tenho que te ensinar a me querer bem
pra que o porre no fim vire dois...
.
dois regados a massa de ar quente de são paulo
num colchão qualquer
debaixo de um sol qualquer
às seis horas de uma tarde qualquer...