20.10.06

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a vida é muito cheia de inhos. e eu por mim mesma sou cheia de inha de mim. tudo muito inho demais é ruim para quem já sabe que não nasceu pra ser daquelas pessoas que ficam alegres sempre e que não sentem na própria carne o gelo da navalha na carne alheia. como clarice já suspirou uma vez "eu existo no âmago dos outros" (não sei se citei corretamente), e é assim mesmo que eu vivo, no âmago de quem é alma. no núcleo feroz de quem se entrega, na vida que não nasce do inho, mas que brota do montão de ãos que existem no mundo humanóide. puxa vida! como amo tudo que é de montão... quero um montão de gentes pra suprir minha sede de encontrar eus também sedentos pra se dividirem em mil... quero o ão pra me entregar de inho!