22.11.08

devaneios

A gente tem nariz, boca, peito. tudo do nosso jeito, tudo único - ou quase - permanentemente nosso até o fim das nossas vidas como conhecemos. Nós temos dentes, saliva e olhos que pesam e marcam de formas únicas, nós temos lábios que beijam com ardor específico, que babulciam palavras desumanas e que expressam sentimentos enraizados ou não. Nós temos leveza que prevalece e que as vezes envenena. Nós temos solidez que muitas vezes se desfaz em muitos e tantos números que preocupam. Nós temos qualquer coisa que chamamos de vida, não porque temos alguma escolha, mas porque foi explicado dessa forma, e ao cair da noite podemos por alguns minutos antes do sol se entregar completamente, chama-la de dor. Antes que a dor verdadeira devore a carne até o sol que pela manhã se espreguiça, procurando qualquer coisa pra agarrar... Assim o tempo passa mais rápido.