"eu consigo te ver me lendo. você recriando as palavras enquanto as lê no papel... eu vejo."
"e é assim que eu penso o que mais poderia dar errado... eu só penso."
"porque é tão difícil pra você perguntar? achar somente aquilo que quer achar, nada de achar coisas a mais..."
"mas eu não acho, não quero..."
"não fala. você continua aí relendo as palavras e refazendo passos. continua vendo mais coisas do que deveria ver. continua escolhendo emoções e depois reinventando verbos como se verbos fossem feitos pra explicar, mas não são! eles fazem as coisas acontecerem."
"não quero verbos, quero substantivos..."
"ah... esses sim a gente cria!"
"não cria!"
"cria com tempo que de longo não tem nada. tem mãos brutas e não teme o abismo."
"será?"
"será."
"e é assim que eu penso o que mais poderia dar errado... eu só penso."
"porque é tão difícil pra você perguntar? achar somente aquilo que quer achar, nada de achar coisas a mais..."
"mas eu não acho, não quero..."
"não fala. você continua aí relendo as palavras e refazendo passos. continua vendo mais coisas do que deveria ver. continua escolhendo emoções e depois reinventando verbos como se verbos fossem feitos pra explicar, mas não são! eles fazem as coisas acontecerem."
"não quero verbos, quero substantivos..."
"ah... esses sim a gente cria!"
"não cria!"
"cria com tempo que de longo não tem nada. tem mãos brutas e não teme o abismo."
"será?"
"será."