23.12.05

sou eu. entendeu?


não é porque algo estala em minha pele quando ouço esse acorde, essa frase meio chorada, essas batidas de saudade. não é não. é só aquele desejo meio reprimido. e justamente por ser assim foi quase sufocado. quase! eu ouço "você não era assim", eu percebo olhares queimando minha pele de vários sabores e cores. reprovação, pena, contentamento, espanto... mas eu preciso de muito tempo para não precisar mais provar. provar. "provar? você não precisa provar nada!" quem me diz o que diz e me reprova com satisfação e ironia não sabe, não curte, não sobe na casa da árvore dos meus quintais espalhados pelo mundo. aliás isso que escrevo não é uma carta de bronca, raiva, desprezo ou elogio. isso aqui sou eu.
entendeu?