14.12.05

me deixa voltar sem ter que jogar na tua cara o que sei... e que sei...

do que é feito meu caminho?
calar, mesmo que seja sobre a areia e encher os pensamentos com grãos dourados, encher os olhos com água salgada até arder a alma, querer trancar os pensamentos em uma caixinha impermeável com laço de fita cor-de-rosa e jogá-la contra a onda mais traiçoeira para esquecer!
que grande e enorme porcaria... nunca mais colhi conchinhas, nem fiquei contando nas nuvens as vezes que vi rostos gostosos de apertar...nunca. não me dá mais o tesão de quando era criança. a imaginação? continua fértil, mas continua viva também, jogando na minha cara todas as vezes que trouxe luz com meus passos e que os mesmos foram esmagados pela escuridão dos teus exércitos (foi medo, eu sei).
não queira mais sujar meu chão. pare com isso. deixa eu aumentar o som e ouvir smile... pra que sorrisos não faltem pelo menos na minha imaginação.
não queira saber de mim, com quem ando, com quem vivo, que perfume uso, com quem eu sonho ao me deitar, com quem eu acordo ao amar. não queira, não queime a cara, a saia, não parta pra mais uma rodada porque dessa vez meu coração cresce... meu estômago vira... minhas mãos acabam com seu jogo, meus olhos te despem, entende?
sei, sim, eu sei e como sei!
me deixa voltar sem ter que jogar na tua cara o quanto eu sei.