3.8.05

Dias aflitos

tenho uma urgência, uma coceirinha...
a gente corre e não para de olhar para trás, e não pensa no tempo como algo maleável... mas sim maligno!
a verdade deita em uma cama muito alta, como um pedestal. com lençois de linho e com travesseiros de penas... e a gente tenta alcançá-la antes de terminar o tempo.
dias aflitos esses em que me deparo com novos horizontes, com imagens que ainda não decidi ver, que estão no éter e que buscam minha fé, sim a minha fé.

quero ler esses mundos. quero estar bem acompanhada. quero ver as qualidades.

tudo no meu tempo (que não existe). no tempo que eu inventar para mim. quero ver em você o que está ainda mais escondido... então viva comigo!

a gente ama quando o amor é concebido do mais puro nada. do vazio. do vazio o amor surge... quando a gente apenas ama, a gente apenas ama...

e esses dias aflitos me esperam assim: cheios de amor.