‘then you feel small, as tiny as the car down the road; and all the things you so firmly believed yesterday turn into somebody else's words.’ errr... myself.
O eco sempre me pareceu ainda mais insuportável do que o grito.
O pânico causado pela repetição da impressão do sofrimento.
A revolta que sinto quando tudo o que mais espero é que o fim chegue rápido; um fim que tenha gosto de fim na boca, porque o grande problema de tudo aquilo que tem começo é a falta de um ‘the end’ para que os créditos rolem.
-mas os créditos nunca rolam.
Esse é o mal de quem assiste filme porque gosta de chegar ao fim com algum gosto na boca, alguma conclusão emocional no peito, alguma lágrima no canto do olho; esse é o mal de quem se aborrece por não viver aquilo que foi prometido.
-mas a promessa foi ilusão que você criou. alguém te prometeu algo de fato?
A ilusão. A luz que dança diante da tela. O mundo é bonito visto daqui e é ainda mais bonito porque tudo acontece sem a nossa interferência. Bonito e triste.
O tal do eco.
A repetição e a insistência daquilo que te atormenta quando o grito era tudo o que você precisava. A tal da falta de coerência.
Mas a gente segue assistindo o filme da poltrona. Mãos indecisas sobre pernas nervosas. Talvez assim, logo que os créditos começarem a rolar, irei notar que o assento do meu lado tem dono e que, assim como eu, tudo o que ele precisava desde o começo era de um pouco de tempo.
É. Talvez.