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quando a alice gostava do cheiro do asfalto
ela ouvia lou reed.
escrevia em folhas diversas, pedaços de sacos de pão,
cadernos,orelhas e folhas quaisquer de livros
enquanto o asfalto queimava bruto
lá fora.
enquanto ela era um outro alguém
nada podia alcançá-la
ela acreditava nessa distância
e que o mundo se tornaria dela assim que as coisas se esclarecessem
mas
a luz veio
e o céu não se abriu em seu
umbigo.
é.
querer é para poucos.
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