6.1.06

toca o teu encanto

não, eu não conto quanto canto
encanto quando posso...
sabe, se a vida geralmente é uma sucessão de momentos, uma oportinudade multiplicada por um bilhão, uma cartela premiada em um trilhão, não preciso entender de me dar com ela... preciso de mais razões do que apenas verbos para viver. então não dá para apenas cre-er. cada passo largo, vejo você na pedra gasta naquela mesma esquina, quina com aquela mesma casa amarela, de cara com seu rosto sem sorriso, sem nenhum brilho para mim. então eu ouço (lá atrás no tempo de infância) a voz que nada me faz temer. sim! existe tal anjo! que pousa com peso de criança nos meus ombros já tortos (de tanto vento que bate sem ventar...). quero
e espero.
não há dia
bom para esperar.
existem penas, existem para penar
e eu me vou... sim! acertou na mosca!
vou lá penar...

porque insisto nisso?