17.12.10

o agora.


---porque a gente lava a louça ouvindo Chico e presta atenção na chuva lá fora com a Elis. as memórias tão vivas como filme fresco rodando num projetor na parede branca do prédio do outro lado da rua, a mãe que tinha mãos tão fortes e precisas como as minhas que por algum truque da vida aprenderam a se cortar constantemente. o cheiro... o cheiro de café, canela, sabão e forno aceso tudojunto, tudopronto. o pão, o verde e as ervas sobre o queijo... o azeite. o beijo molhado que não se espera, o aperto no peito...

e o meu amor que não vem.

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