12.8.09

blue it is, never blue


nessas paredes que pensamentos foram fincados e redescobertos por escavadores mal treinados, foi deixado esse pó qualquer retomado pelas escavações perdido, cheio de orações fecundas e prontas... tamanhas orações caíram nesse solo fértil sob um céu de muita luz e água que, constantemente ressurge embevecida, banhando as poucas sementes que sobraram e transformando serpentes transitórias e ardentes por reles presas em dóceis e fiéis soldados, donos de cargos irrevogáveis, sina distinta. nessas paredes que, respirando um ar pouco provável, reassumi minha forma inicial: desejo que num toque ainda menor do que aquele de um segundo, explodiu em sensações intensas e que formaram por algum erro de cálculo e circunstância, a minha agente impermeável, insensata condição de ser, vagabunda e barata desculpa para um filme de quinta. o céu explode em novelos, os olhos todos se voltam ao lugar errado, mas os meus sabem onde procurar - pelo menos por enquanto. e que enquanto esse agente certo souber onde procurar, irei atrás. seguindo aquele que ao canto mais remoto do mundo trilha e vou assim, acabar olhando exatamente para o lado pouco visto e iluminado do que há de mais tangível e que ninguém... sente.

nessas paredes onde respirei/respiro/respirarei, morre-se pouco, nasce-se muito e vive-se eternamente em histórias pouco compreendidas mas em pleno prazer, em um inferno deliciosamente particular.


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