2.3.08

Bjork e seus sons do inferno... (os céus não aguentariam)

Ai, não me aguento.

Toda vez que ouço Bjork sinto o inferno chegando perto, respirando no meu pescoço. O inferno não, o diabo por ele mesmo me rondando. Me parece que a voz, o ritmo e qualquer outro som que parece não ter razão algum de existência na música, - ou não-música - me faz desacreditar e acreditar no mundo, de tal maneira que não me é compreensível. Deu pra entender? Ai, parece que chego num abismo e quando olho pra trás existe outro... Entendeu agora? Não? Está bem... É quase como a resposta e a pergunta, o imenso e o nada decorrente da ação que a essência toma quando não é. Ficou claro? Quer mais complicação? É a mais profunda des-sensação. Não sei bem se essa palavra significa algo, basta saber que significa algo pra mim. Enfim, toda vez que o som chega aos meus ouvidos ele chega primeiro na boca do estômago - se isso existe! Dá um soco mesmo, um chute, uma bomba atômica logo acima do umbigo e vai fundo, e todas as imagens que a música projeta me fazem des-sentir tudo que aprendi, desacreditar e amar ao mesmo tempo. Acho que nada mais é do que o que ela quer expressar, sem saber, deve ser a tal da mensagem que existe por trás do que cada pessoa que tem como função na terra a expressão pura e simples. Uma frase, um berro e um tum tum não significam nada ligeiramente parecido com o que eu recebo quando ouço Bjork e o pior é que de uma certa forma, não gosto! Juro que não gosto de me sentir assim, é quase um mal-estar do bem que me catapulta a algo maior, seja lá o que esse maior é. Maior e mais dolorido. Quem é ela? Não sei, quero acreditar que é algum tipo de anjo, santo protetor dos mal-entendidos, mãe de todas as cores, filha do sol e da lua e irmã gêmea de Zeus... Talvez apenas um alguém muito muito excêntrico.




Quer ouvir um pouco desse terror? Deixei fácil pra você...




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