6.9.07

notícias da terra do nunca


roupa que cheira a cheiro de quem tem boca que gosta da boca que mora em mim e que se alimenta de quem não tem mais o que querer... é simples. as luzes estão ainda a toda, as perucas e os moicanos ainda dançam pelas ruas e os carros ainda tem hora pra sair da onde estacionaram. o tema é sempre um só porque é sempre uma coisa só quando se está com quem se é só por ser. o café é diferente, mas também quem teve a infeliz idéia de vir até aqui? é só pra estar, mais um pouquinho, com quem quer estar... eu olho tudo e tudo me faz assim sorridente. me pergunto se eles também me vêem como me vejo agora, e percebo nos olhos deles o sorriso rasgado que está nos meus, enquanto ainda agradeço por não ter que passar minhas noites tristes em algum lugar perdido em qualquer canto contido desse lugar colorido, desse sol mais amarelado que em qualquer outro lugar. da gargalhada veio o abrigo e do nada o beijo que aquietou tudo.
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e o tudo virou roda gigante e entendi o que estava acontecendo...
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do beijo quieto veio o suspiro e de surpresa veio o encanto de quem tanto parecia estranho e no entanto tão querido e familiar... foram quatro, cinco, seis dias de palavras e de sonhos e de mais um pouco de indecisão, mas quando a gente menos espera o gostoso vira prato cheio pra quem tava com a barriga vazia e a pele transbordando de cheiros e conchas, de suspiros feitos de nuvens prontos pra virar sabão... . . .
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a sirene toca e todos tapam os ouvidos.

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aqui é assim, emoções ensurdecem os ouvidos mais atentos...
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