26.7.05

Um tapete dourado, da cor do sol,
com o brilho da lua,
com a cor do pecado e
com o sabor de pêssego molhado
para aqueles que sabem o que querem.
Uma estrela redonda, um abraço apertado,
um beijo amargado e um colo amassado
para aqueles que sabem o que querem.
Um afago gostoso em dia de repouso
com coxas febris e gosto de anis....
com braços pesados, toques, babados,
penas, fendas, jarras, tendas...
Sucos, amoras, morangos e rosas para
aqueles que sabem o que querem.
Tudo o que há de mais sagrado,
emancipado e realizado pelo homem,
para o homem, para o joven, para o
velho que sabe o que quer.
Tudo que faz dessa vida uma briga,
uma faca, uma corda, uma lança,
um buraco sem fim não se faz para
aquele que sabe o que quer.
Todas as coisas, belas e afoitas,
lindas e bem-vindas, macias e vadias,
cheirosas e formosas, pálidas e
flácidas, grossas e sórdidas, diurnas e noturnas, maliciosas e raivosas..... transmutam.
Mas tudo que fica, fica um dia,
fica uma vida, fica pra vida...
para aqueles que sabem o que querem. Não sei mais nada.