16.9.08

mademoiselle gabrielle


uma vez cortei meu cabelo "chanel", usei um "vestido preto básico" e coloquei meu "maiô" na bolsa e fui embora... sim, e descobri que devo isso a mademoiselle chanel(gabrielle 'coco' chanel). eu que odeio nomes da moda, tive que me derreter a história por trás do pretinho básico, por que já que é pra se entender a história do mundo, temos que nos preocupar também com quem a moldou.



diz a lenda que gabrielle chanel era uma moça cheia de vontades e excentrismos, além de sua verdadeira paixão por... chapéus! sim, ela começou fazendo chapéus. assim que, com a ajuda de seu eterno amor não finalizado - já volto nessa história - ela abriu sua butique na cidade da luz. durante guerra, confeccionou roupas para as enfermeiras e trabalhou com elas durante a noite, enquanto durante o dia tocava sua pequena loja. uma vez foi à praia e percebeu que os homens tinham traje de banho, mas as mulheres não! indignada voltou ao seu atelier e confeccionou o primeiro "maiô" visto até então, claro, era xingada na rua! suas roupas eram feitas de tecidos... confortáveis! imagine isso dentro da aristocracia e burguesia européia do começo do século vinte que dizia que mulher tinha que se vestir como se estivesse pronta pra não respirar! presa em roupas que nada mostravam de sua sensualidade e independência. mademoiselle chanel tinha um sonho! ver mulheres dependendo apenas delas mesmas até para escolher suas roupas... ela começou a fazer confecções de trajes assim como chapéus e foi ficando famosa com sua leve e feliz loucura até que um dia, o homem de sua vida, que não havia casado com ela porque ela pediu que esperasse, até que não dependesse dele para nada, foi a ver depois de muito tempo sem ter qualquer contato com gabrielle, mas antes de chegar a sua casa, o seu carro - que era coisa um pouco nova na época - foi de encontro com uma árvore e boyle - esse era o seu nome - morreu ali mesmo, com uma echarpe que ela havia feito para ele envolta de seu pescoço. foi então que, de luto, chanel confeccionou algo inédito até então, um vestido simples, reto, sem nada demais e preto, e a peça que ela não queria ter feito se tornou seu maior sucesso e sua maior tragédia...

não te tira o fôlego? tira o meu pelo menos e agora sou muito mais grata ao pretinho básico do que jamais fui.


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