mais hollywoodiano, impossível.
30.1.09
when the squirrel meets the moose
mais hollywoodiano, impossível.
29.1.09
jogo literário
FIM!
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27.1.09
a devoção segundo consta... - continuação?
uí? Os braços haviam desaparecido. Está aqui, Luí? Luí? Nada. De repente o escuro se tornou norma e meus olhos se arregalaram buscando por ele. Acalmaria minhas dúvidas se tivesse por minha vida alguma ainda presa por um fio amarrado em volta do pescoço, mas não, Luí era nome inventado. Sua história mudava a cada segundo, sua origem variava de árabe a sul-africana. Sua profissão muitas vezes moldava seus lábios, seria ator? Não... convenhamos, com aquela fixação com o diverso deveria ser ator. Não era. Muitas vezes era mecânico. Pararia diante de um senhor com problemas no seu carro antigo enquanto fumava apressado, levantando o capô amarelo e falando com categoria exatamente o que estava errado com o motor do pobre. Por vezes era pescador. Muitas vezes me chamava no cais enquanto ainda estava a puxar a rede de volta, ele e mais alguns. Não sabia nome de ninguém, reparava em tudo de longe, ele percebia quando chegava logo e assim que terminava corria a minha direção, nunca perto de cheirar ao que acabara de pescar, o que me parecia suspeito -- era tudo muito suspeito, tanto quanto eu o era. Luí era uma idéia e no momento que finalmente aprendesse a entender isso, por ventura de minhas impossibilidades o teria longe e ao mesmo tempo invariavelmente próximo a mim. Fechei os olhos contente. Satisfeita por algum tempo. Me forcei a me forçar, deixei com que tudo que Luí decidisse como meu destino fosse meu e pronto. Era. Aqueles mesmos braços -- minto, talvez fossem outros, talvez tudo era uma outra faceta de Luí, ou da idéia que ele como nome mas não como um poderia vir a ser -- me envolveram como algo que pedi, um pedido assim cálido, num momento de lucidez e ele prontamente resolveu me atender. "Pronta?" agora sim Luí, "então venha". Eu fui, e pela noite que dourada parecia ser entrei, sem meios de pedir socorro ou dizer até mais, não saberia se seria a última vez mas pressentia que seria, de qualquer forma seria. Em seis minutos -- eu havia contado -- estávamos sobre a Pont Des Arts e as grandes mãos de Luí rodeavam minha cintura. Enquanto a aragem que permanecia constante mantinha nossos rostos livres de estorvos menores, suas mãos me mantinham firme e presa a sua essência que era o que me importava e nada que tivesse nome ou timbre. Seus olhos rogavam por mais, eu os percebia, seu rosto quase disforme por causa de tamanha junção de ideias em seu ínfimo ser, a cicatriz entre as sobrancelhas... Murmurou em seguida coisas obscuras, palavras de um trem que não havia tomado mas que sim, havia levado seu eu mais precioso, seu medo. Me deixou a postos, me manteve sã e sentou sobre a mureta que mantinha as pessoas dentro da passarela. Não temi, não deixei oscilar o meu meio entre todas as coisas. Ouvi. "Nunca quis mais do que viver", seus pés tocavam de leve a estrutura de cimento e sua massa parecia insignificante ao espaço que ocupava, tudo girava em torno dele, "mas viver apenas é o mal querer daqueles que não podem", pouco entendi daquilo e lembrando-me agora sei que não prendi absolutamente nenhum significado do que partia de seus lábios e agradavelmente viajavam aos meus ouvidos até então subalternos e idealistas. Minhas penas se dissipavam, o vento não poupava ninguém. "Por isso que, se pareço vão aos teus olhos, não olhe por cima. Veja mais adiante." Seus olhos se voltavam aos meus, sua boca pronta para falar não exalava, compreendi. Não vejo por cima, Luí, "vê além?", mais do que isso... vejo o que quero ver e nunca o que me parece ser, "seria perfeito se não fosse seu, Manú" mas é. E era. Seria o perfeito sobre o canal, seria a mistura de falta de cores que transformavam o dourado? Seria. Era qualquer que fosse a pessoa que eu era para ele que importaria. Luí me agradeceu. "Manú?", sim Luí, "vamos embora daqui." E fomos.
e tem mais...
dona doida agradece...
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25.1.09
a devoção segundo consta...
A vida humanizada. Eu havia humanizado demais a vida. - Clarice Lispector
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uí. Ele caminhava pardo e com aquela cicatriz entre as sobrancelhas. Era parte dele, já sabia. Vinha fresco. Pá dá dí dá dá, vinha fresco cantarolando e o frio parecia não o incomodar. Um paninho fino, uma escarpe quase feminina abraçava o pescoço. Abraçava como o cheiro que dele vinha, um perfume que só ele tinha, parecia arreigado em mim quando o via, percebia de longe o cheiro que dele vinha... Era meio dia. Passava ali a diante um senhor que de qualquer não tinha muito. Era ávido por qualquer coisa que eu não havia percebido o que e logo depois dele passou Luí. As catedrais eram quase azuis, “bobagem”, ouvia já sua voz do lado de lá, “bobagem!” repetia em tom de Luí, o que seria tom de Luí? Tom de quem faz pouco caso, pouco a pouco faz-se de desentendido. Faz-se de... quem. Quem? Quem é, qualquer coisa que seja e que é. Entendi. Ele resplandeceu em sol assim que pisou na calçada em que eu estava estacionada. “Aprendeu?”, o que? Perguntei afoita. “o caminho”. Como se não soubesse desde sempre. Tirou um cigarro amassado do bolso. “o último” e o acendeu contra o vento, era dessas. “Pronta?”, claro. Luí parecia saber onde me levava-- mesmo no fundo achando que não -- e como todas as outras vezes eu deixava. Me arrependia no meio do caminho, era sempre uma caminhada longa, gostava de se embrenhar pelas ruelas quase medievais, “sim, medievais são” enquanto minha cabeça percorria seus detalhes mais meus, seus fios soltos no vento frio que cortava o meu rosto mas não parecia o abalar. Luí era como o chamava mas esse não era seu nome. Era inventado. Nunca havia dito o meu nem sequer de onde vinha, mas ele sabia que não era dali, como ele também não era, mesmo assim o mapa parecia ter sido inventado a partir de sua mente perversa, sempre pronta para me manter atenta. “viu aquilo?” o que? “nada”, se me perdesse riria da minha inocência, precisava me manter acordada, ele gostava de me iludir sem meias palavras, eram das inteiras que gostava, as devorava. Luí, gritei faceira, queres sentar ali?, pelo tom da minha voz que o acompanhava sabia que me referia ao café que levava o nome de Cafe Des Deux Margot, “besteira”. Continuava a passo de rei, “tens algum cigarro?”, não fumo, Luí. Ele sorria. Seu perfil refletia em vitrines esfumaçadas, nariz grego e tosco quanto tosca era a minha alma, começava a ameaçar algum tempo ruim. Suas mãos buscavam pelas minhas detrás de suas costas severas, agarrava cada centímetro dele que conseguia com minha pele, músculos, unhas e ossos frios, “não me deu nenhum beijo ainda? Que acontece com o seu bom senso?”, atrevo a querer mais de Luí, quieto em tempo bom, cinza... bom. Cruzamos a Jacob. Percebia aqueles olhos querendo ver mais do que notavam as circunstâncias, logo estaria mais próxima do seu corpo, era assim que acontecia: deixava com que o tempo de passeio fosse alguma coisa como um prólogo para o que sabia que viria logo adiante, um braço em volta da minha cintura... Luí sorriu e pela primeira vez naquela tarde olhou firmemente em meus olhos. Era para tirar meu fôlego mas não o fez, regenerava o que era para ser meu. Anteciparia minha dor no peito e a trocaria por sonhos momentâneos. Ah... teria eu pena de mim mesmo? Luí saberia. Luii, teimava no i... “Pare aqui”, aqui? “é”, uma chuva miúda me forçava a contrair os músculos da face e Luí colocava suas mão pesadas sobre os meus olhos, respirava devagar enquanto seu sopro embalava as oscilações do que saía de sua boca, “não adianta tentar olhar”, não tentaria... Gostaria de ter alguma intuição divina que me preparasse para aquele indivíduo que se desdobrava diante de mim, do meu peito escancarado e sem medo. Estaria pronta para desatar os nós que me prendem a mim mesma? Estaria se Luí escrevesse assim. Ele escreveria. “agora, pode abrir”, o sol, “isso”, o sol morrendo por detrás da cidade, “é o milagre da paciência”... o respirar prendia nós dois em uma pedra que parecia flutuar, “é um milagre, vês?” vejo. Enquanto o fulgor acrescentava um tom ainda mais profundo a tudo que adornava com rigor, Luí me guardava em seus braços, ele havia cedido sua posição para que eu tornasse a ser primeira, primeira naquela hora de seu dia em seu tempo, primeira em deixar o sol se deitar. Eu aceitava. O milagre era também meu.
momentos inesquecíveis (alice sendo melancólica) parte 12
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24.1.09
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momentos inesquecíveis (alice sendo melancólica) parte 11
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Wallace: Did they laugh, at least?
Donald: They smiled and said they'd call me. They didn't.
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como alguns devem ter notado, restringi meu blog-livro "Eu lembrarei abril" para convidados, quem quiser continuar a leitura me mande seu email pelos comentários ou para o meu email mesmo que você encontra no meu perfil que eu ficarei feliz de mandar o convite de volta! obrigada... e desculpe pela inconveniência a quem estava acompanhando, mas c'est la vie!
23.1.09
poesia emprestada, alma enganada
Meu amigo (eterno aluno) Gabriel Salomão publicou uma de suas poesias em seu blog que me deixou com a garganta seca. Pedi permissão para publicar aqui as palavras que me deixaram assim para poder dividir com quem me lê. Prestem muita atenção...
Esperei o meu homem sair,
Tomei banho, arrumei-me bem.
Retoquei maquiagem, troquei os brincos.
Penteei meu cabelo com mais cuidado.
*
Botei blusa nova, sapato novo,
Passei batom, hidratante e perfume.
Liguei pràs amigas, combinei cinema,
Jantar, danceteria e asilo.
*
Arrumei a cama, arrumei os vasos,
Ele sempre gostou muito do jeito
Como eu sempre arrumei os vasos.
*
Limpei a sala, os quartos e seus livros.
Passei pano nas estantes, nos móveis,
Escova no sofá, nas poltronas
E escovei os dentes.
*
Deixei três camisas passadas no armário,
Duas calças nos cabides e cinco gravatas.
Abri dois pacotes novos de meias,
Deixei roupas discretas limpas e guardadas.
*
O tênis do fim de semana, das caminhadas,
Deixei tomando um pouco do sol do dia.
Também deixei dois lençóis, brancos, macios.
Dois lençóis dos que ele mais gosta, um na cama,
Um no armário, cheiroso como se fosse novo.
*
Deixei sopa na geladeira, um pouco de arroz,
Dois bilhetes na porta branca, bilhetes brancos
Com instruções, telefones de faxineira,
Rotssérries e pizzarias.
*
Ajoelhei na frente do fogão, para ver uma torta,
Se estava pronta para o meu marido.
Tirei a torta, mas deixei o fogão aberto, respirava.
Desliguei o fogo sem desligar o gás.
*
Ouvia seu carro à frente de casa, as palavras,
Avisando como sempre, que chegava e queria comida.
Sobre meus sapatos altos e pretos, com meu vestido,
De renda e decote, que mostrava o que devia.
*
E com a mala nas costas
Virei pro meu homem e disse:
Amor, nosso gás acabou.
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22.1.09
ladeira
"um tapete é feito de tantos fios que não posso me resignar a seguir um fio só;
meu enredamento vem de que uma história é feita de muitas histórias."
clarice lispector em legião estrangeira
21.1.09
primeiro dia...
20.1.09
O cinema é pra ser visto com olhos d'água. Repletos de embevecimento, cheios de outras horas e histórias, mas calmo. O peito em compensação deve estar despovoado de martírio. Ir ao cinema condiz com o estado de ser sem ter de estar repleto de si. Arte menor? Meu focinho. Arte vendida? Como todas. Entretida. Arte entristecida com o que deixou de ser. Arte malograda. Blasfémica aparência mesquinha. Arrogante feitores do bem e do mal de mãos dadas, atadas até o túmulo, deus dos deuses, o túmulo de muitos que ousaram perguntar "quem me causou tamanha dor?". Pavimento de enredo e comoção por obscuridade. Silêncio no caos. Cinema á para ser engolido com lábios de exaltação. Dentes presos no teto quente.
19.1.09
porque a gente precisa ouvir denovo, novamente e mais uma vez... parte 4
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18.1.09
the son, the cross and the woman
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ela entra.
palco denegrido. entulho.
preparada a cova para quem (não) canta.
ela entra. como um assoalho gasto. (quase) parte do cenário. cenário? não existe.
ela fala. respira em porções, aspira em pequenas inssureições. encanta.
(queimo enquanto observo, observo em meios)
ele espanta.
aparece em trama de veludo fino, rasgado, entra pelas frestas de fios abundantes. ele entra em cena enfim.
pausa.
as palavras que em suma são dele, seriam dela? seriam. dois passos. quatro mãos. um ver. uma chuva de males que não vem para o bem. ele toca a pele fina do rosto dela. ela. de ela.
cortinas aprazíveis quando a visão não é das melhores.
pé sobre pernas, troncos imóveis, crispados. mãos que batem umas contra as outras em estado de estupendo desalento.
(eu espio sem graça um fio de luz que vem de trás da cortina)
um troço que parece beijo remenda nós incalculáveis.
"(...) Acho que não gosto de nada do que vejo, vejo sal. Vejo ferida e sal, não me convêm. Enquanto abordo minha própria existência sou impelida a me redimir por terra. O que será que eu fiz pra merecer isso? O jazz toca. Certas vezes me incomodava, como se chama isso quando a luz está baixa e o som quase não existe mas é tão intenso que te toma sem tomar? Sei lá. Chamo de jazz. Devo ser autista, às vezes me pego sentindo prazer em focar, focar, focar com tamanha intensidade que me cai em dilúvio o senso crítico. Será? Será."
fotos: chapéu de Lester Young, Billie Holiday, Dexter Gordon e Sarah Vaughan. Todas de Herman Leonard.
17.1.09
depressão pós divino
15.1.09
tertulia de janeiro!
13.1.09
acorda!
Ela havia decoberto a beleza que se morava no girar da corda. É. aprendeu a pular corda. Digo aprendeu porque sentiu como se sentiu daquela primeira vez que viu a corda passar sobre sua cabeça novamente sem levar um tombo, era quase como a primeira vez, seria se não tivesse sido. Em anos se perguntava se conseguiria, as palavras eram murmuradas baixinho numa fila no supermercado enquanto observava uma caixa que continha uma corda- -imitação das clássicas -- e a imagem de uma moça se divertindo e pulando... Pensava também que seria uma besteira voltar a fazer algo tão... infantil. Pera lá! Gritava ela mesma para que sua identidade a ouvisse, pera lá e não se mate por isso. É uma corda! Agarre, porque é pra isso que ela serve e vá contente pra casa. Não sabia se era meu eu consumista ou meu eu criança, explicou mais tarde ao filho mais velho que já estava com seus catorze anos, mas agarrei a bendita. E enquanto sentia aquele calor nas têmporas voltava a pensar que era criança, como se nada nesse mundo realmente tivesse alguma ligação ao tempo.
verídico
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"...are you Brazilian?"
"Yeah! How did you find out?"
"...well, you love life too much to be American!"
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12.1.09
novamente: alguém TIRE a clarice da minha vida!
"Temos amontoado coisas e seguranças por não nos termos um ao outro. Não temos nenhuma alegria que já não tenha sido catalogada. Temos construído catedrais, e ficado do lado de fora pois as catedrais que nós mesmos construímos, tememos que sejam armadilhas. Não nos temos entregue a nós mesmos, pois isso seria o começo de uma vida larga e nós a tememos. Temos evitado cair de joelhos diante do primeiro de nós que por amor diga: tens medo. Temos organizado associações e clubes sorridentes onde se serve com ou sem soda. Temos procurado nos salvar mas sem usar a palavra salvação para não nos envergonharmos de ser inocentes.(...) Temos mantido em segredo a nossa morte para tornar nossa vida possível."
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momentos inesquecíveis (alice sendo melancólica) parte 10
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porque a gente precisa ouvir denovo, novamente e mais uma vez... parte 3
"Ela se guardava. Por que e para quê? Para o que estava ela se poupando? Era um certo medo da própria capacidade, pequena ou grande, talvez por não conhecer os próprios limites. Os limites de um humano eram divinos? Eram. Mas parecia-lhe que, assim como uma mulher às vezes se guardava intocada para dar-se um dia ao amor, que ela queria morrer talvez ainda toda inteira para a eternidade tê-la toda."
11.1.09
sweet pumpkin
Acho que Clarice me mataria se me visse descabelar tão frequentemente. Sei que Rimbaud se enjoaria de mim. Os constantes pedidos de afeto o regulariam e me deixariam na mão, enquanto a estrada o chamasse eu faria pirraça tirando o pó do chapéu redondo dele que teria roubado em seu sono. De certo Hilst daria risada e fumaria mais um enquanto Baker tocaria quietinho no canto com medo da polícia. "Branco não tem que ter medo da polícia", "Mas amore, não estamos mais nos anos cinquenta e aqui não é ali"... Alguém me pergunta se eu gosto de Davis, eu respondo que não. Coltrane faz mais meu estilo mas não rasgaria a camisa por ninguém, nem mesmo por McRae, talvez por Billie -- mesmo sem engolir minha candura. Certamente Oscar se irritaria comigo e minha "simpatia" por todos aqueles que são injustamente chamados de underdogs, me daria algumas baforadas na cara e me deixaria a sós em algum canto escuro, enquanto Sylvia me daria a mão e me ensinaria a temer. Me mostraria o mundo com desdobras nas entrelinhas enquanto o sol se colocaria ao seu favor. Adoraria ver os cabelos ensolarados dela emoldurando tamanha escuridão. O incrível é que com razão Yates escreveria um livro sobre mim, contando meu fim nessa jornada vazia e sem esperança. "É necessário muita coragem para perceber a falta de esperança", eu diria que sim com a cabeça -- nada é tão certo quanto falta de esperança -- e voltaria a um banco em uma praça qualquer, tomando um ar.
Sei tão pouco de mim e ao mesmo tempo sei tanto do que se passa aqui...
santa jolie, angie jolie
10.1.09
"yeah baby, burn!"
me tira o sono
"É talvez anti-semita reler Hannah Arendt hoje, em que nós, os palestinos, somos sua escória da terra, é anti-semita voltar a iluminar essas páginas sobre o poder e a violência, sobre a a última raça submetida ao colonialismo britânico, que teria sido, enfim, os próprios ingleses? Não, isso não é anti-semitismo, mas o exato contrário, defender os numerosos israelenses que tentam escapar de uma nakbah chamada sionismo. Porque não se trata de um ataque contra o terrorismo, mas contra o outro Israel, terceiro e diferente, à medida que se esquiva do pensamento único cerrado entre a cumplicidade da esquerda e a miopia da direita."
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matéria inteira AQUI.
indicação de Victor Barone, para ler seu blog clique AQUI.
9.1.09
Émilie...
"so one can be happy, one must be susceptible to illusions, for it is to illusions that we owe the majority of our pleasures. Unhappy is the one who has lost them."
Gabrielle Émilie Le Tonnelier de Breteuil, marquise du Châtelet
Existe gente para todos os gostos e mais, para todos os gêneros. Caí de paraquedas em um artigo no meu jornal online favorito, o Guardian.co.uk que contava a história de uma tal Marquesa chamada Émilie du Câtelet. Aparentemente ela quase inventou a roda, mas os homens que mandam no mundo esqueceram de manter os créditos junto da pessoa. Conhecida históricamente apenas por ser uma das amantes de Voltaire - sim, ele mesmo - Émilie, matemática auto didata, já tinha um pé na teoria da relatividade bem antes de Einstein se quer existir, e seus estudos sobre a luz ja davam amostras do que viria a ser a base para que a fotografia viesse a ser algo real. Seus estudos eram variados e sua vida foi contraditória. Alguns dias atrás encomendei o livro que fala sobre sua vida, escrita por uma pesquisadora que se desdobrou em muitas para chegar o mais próximo possivel do que foi a vida dessa mulher esquecida pela história. Para se ter uma idéia de quem ela foi vou me entregar a essa leitura, e quem sabe volto com mais detalhes...
mestre jopi!
Alice: Uma mentalidade inquieta. Um espírito permanente revoltado. A vida é para si uma alegria a que esqueceram o "tira-gosto". Uma lutadora idealista e convicta. A crise não é para si uma surpresa. Surpresa é ser só agora. Vai tirar partido da crise para inventar um outro eu que sairá mais forte e independente. Remar é preciso!
Acho difícil existir melhor "conselho"que esse!
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8.1.09
the lamb of god
Bom, se motivo pra discussão existe, motivo para discussão será o tema.
Enquanto o mundo desaba em Gaza, civis, fundamentalistas e crianças inocentes morrem todos como se fossem farinha do mesmo saco e Israel ainda tenta achar justificativas extravagantes para se continuar a matança, o nosso querido Obama e mais quatro presidentes Estadunidenses jantam na Casa Branca regados a sorrisos marotos e confiantes. É. Chove canivete, mas não na horta deles. Enquanto discussões candentes desenredam histórias sem fim sobre quem está certo e quem está errado, eu me aflijo. O mundo pede que sejamos insípidos então que assim seja. A discussão religiosa que, a beira de mais uma década de vida para esses humanos antiquados, insiste em ser renovada merece extermínio e meu acanhamento merece a forca. Os tempos nunca mudaram, ninguém nunca encontrou a luz da evolução, os dias nada são além de grandes e infelizes massas de pensamentos ajustados à uma forma irregular de humanidade ou de qualquer coisa que essa palavra tenha sido inventada para ser. Eu me admito. Tenho pena de mim mesma. A objetividade de qualquer situação que envolva SANGUE é sempre inconstante, o mesmo que jorra pela testa franzida por falta de candura, é aquele que rola dos joelhos de criancinhas mimadas em um colégio qualquer no recreio. Eu me permito. Sentir essa dor alheia sem reluzir em palavras minha única justificativa para ser resultaria em morte bruta por asfixia em ignorância e minha pequena alma não conheceria sossego -- será possível chamar isso de sossego? Palavras abatem ânimos, estou ciente disso. Mas enquanto os céus existirem, ou pelo menos enquanto acreditarmos que sim, -- existe um céu sobre nossas desprezíveis cabeças -- os mesmos estarão fervendo de ódio contra uma raça que pôs fim ao ser, seja ele quem for.
momentos inesquecíveis (alice sendo melancólica) parte 9
Tessa: Yeah, but these are three people that WE can help.
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gaza strip, the untold story
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quer ouvir de alguém de dentro? um ser com um propósito a fim de mostrar a quem não quer ver o que acontece. CLIQUE AQUI.
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7.1.09
porque eu amo a anistia internacional...
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"It always comes back to the complexity of the individual and understanding the nature of our own being. The more we understand, the more chance we have of decreasing the horrors of this world"
John Hurt
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nas fotos, de cima para baixo: John Hurt, Chiwetel Ejiofo Will Ferrell & Adam Mackayr, Archie Panjabi, Saffron Burrows, Lauren Laverne.
6.1.09
momentos inesquecíveis (alice sendo melancólica) parte 8
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5.1.09
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" Hypocrisy over the word 'terrorism' is not an innocent dispute over semantics; it kills. "
Robert Parry
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Para ler a notícia inteira, clique na citação.
porque a gente precisa ouvir denovo, novamente e mais uma vez...
Lya Luft