8.1.09

the lamb of god



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Bom, se motivo pra discussão existe, motivo para discussão será o tema.


Enquanto o mundo desaba em Gaza, civis, fundamentalistas e crianças inocentes morrem todos como se fossem farinha do mesmo saco e Israel ainda tenta achar justificativas extravagantes para se continuar a matança, o nosso querido Obama e mais quatro presidentes Estadunidenses jantam na Casa Branca regados a sorrisos marotos e confiantes. É. Chove canivete, mas não na horta deles. Enquanto discussões candentes desenredam histórias sem fim sobre quem está certo e quem está errado, eu me aflijo. O mundo pede que sejamos insípidos então que assim seja. A discussão religiosa que, a beira de mais uma década de vida para esses humanos antiquados, insiste em ser renovada merece extermínio e meu acanhamento merece a forca. Os tempos nunca mudaram, ninguém nunca encontrou a luz da evolução, os dias nada são além de grandes e infelizes massas de pensamentos ajustados à uma forma irregular de humanidade ou de qualquer coisa que essa palavra tenha sido inventada para ser. Eu me admito. Tenho pena de mim mesma. A objetividade de qualquer situação que envolva SANGUE é sempre inconstante, o mesmo que jorra pela testa franzida por falta de candura, é aquele que rola dos joelhos de criancinhas mimadas em um colégio qualquer no recreio. Eu me permito. Sentir essa dor alheia sem reluzir em palavras minha única justificativa para ser resultaria em morte bruta por asfixia em ignorância e minha pequena alma não conheceria sossego -- será possível chamar isso de sossego? Palavras abatem ânimos, estou ciente disso. Mas enquanto os céus existirem, ou pelo menos enquanto acreditarmos que sim, -- existe um céu sobre nossas desprezíveis cabeças -- os mesmos estarão fervendo de ódio contra uma raça que pôs fim ao ser, seja ele quem for.


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