27.12.08

Milk

Há tempos que estava doida para assistir o novo filme de Gus Van Sant (Garotos de Programa, Ultimos dias) intitulado MILK. Não, o filme não é sobre a bebida tirada da vaca que ingerímos no café da manhã. Milk é o sobrenome do primeiro político abertamente gay eleito para qualquer cargo no governo da história.

Eu já tinha ouvido falar do homem Harvey Milk, e sabia mais ou menos sobre a sua história, mas nunca imaginei que fosse tão absolutamente interessante e incessantemente desumana como foi. Milk abriu as portas para que um país cheio de preconceitos e moralidades imbecis fosse tomado por uma onda de compreensão quase inédita (mas que não parece ter durado muito), porque sim, até a década de setenta qualquer um que era abertamente homossexual era morto por andar na calçada... Opa! Parece que isso não mudou muito, não é? Harvey é interpretado por Sean Penn, que digamos de passagem está tão impecável que não dá nem pra acreditar que NÃO É o Milk mesmo quem está na tela! Olha... coisa difícil de se acreditar mas é verdade! O cara conseguiu encarnar não só uma pessoa, mas uma era inteira em seus dois olhinhos de manteiga. O elenco inteiro está perfeito, Emile Hirsch que foi dirigido por Penn em Into the Wild está mais do que digníssimo como o molequinho que aparentemente não acha que política faz parte da sua vida até se transformar no maior ativista de todos ao lado de Milk. Josh Brolin que viveu George W. Bush no filme W. de Oliver Stone, merece todo o nosso ódio (ao personagem, é claro) interpretando o retrógrado Dan White que acaba ganhando mais espaço na história do que gostaríamos...



Enfim! Não vou estragar a história contando o final! Mas saibam que o negócio acaba mal, como Gus Van Sant nos conta bem no início do filme, sem contar que isso tudo se passa em San Francisco na California a cidade norte americana mais colorida de todas, talvez seja por todo o sangue que rolou por entre as sarjetas...



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