6.10.08

ensaio sobre a cegueira, a saga

muito se falou sobre o filme, mal. oquei galera, i see. muitos falam que o filme é realístico demais e que o Meirelles (que eu já cansei de elogiar aqui no blog depois do jardineiro fiel) teve um algum problema em transformar algo quase fabuloso em um épico do homem moderno. genteeeem! o livro é sobre tudo que é moderno! conflitos criados apartir de uma modernidade fora de órbita. ate porque, como o Fernando Meirelles disse no seu blog do filme, o autor, José Saramago, não da nenhuma solução aos problemas mostrados no livro, só os entrega como se lavasse as mãos após trazer a tona as dores do mundo para que os próprios causadores delas tivessem que aprender a se responsabilizar por seus filhos. eu creio no cinema. eu acredito na raiz da dor e ela, somente ela vale a pena ser rebuscada nele (cinema). seja qualquer o tema, o que faz do humano um humano é a capacidade de ir realmente até o cume da ilusão e da dor - que se entrelaçam em momentos e de maneiras diferentes, muito regularmente - e voltar com uma boa historia pra se contar - coisa que eu preciso aprender a fazer. o Fernando Meirelles que me perdoe, mas ele só fica mais interessante, mais ainda que a Julianne Moore que esta única no filme, alias ela é um orgulho para toda e cada mulher existente no mundo, precisamos ser mais como ela. outra, acho lindo ver um brasileiro do lado dela, do Mark Rufallo, do Danny Glover e do Gael Garcia Bernal, fazendo filme enoooorme, com grana forte investida e um mundo de gente criticando, porque é assim que vemos que o filme deu certo.

well, e sobre as criticas, eu entendo. entendo que o filme é isso e aquilo, e que o Fernando Meirelles é isso e aquele outro, mas mesmo assim eu não posso negar que não posso de maneira alguma ir contra algo que seja tão desesperadamente humano como esse filme é. e angustiante, como a vida é.

amem.


*notaram a placa escrita Brooklin Morumbi no fundo da segunda foto!? que orgulho besta o meu! ate dois anos atras eu passava por ali todo dia...


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