15.5.07

será que é de hoje?

Quanto mais se vive, mais se aprende que aprender mesmo a gente não aprende, no máximo gostamos de nos espatifar e colher as asas de anjos perdidos pelas planícies e pelas serras da vida. O dia perturbado assim me dá náuseas que me empurram pra qualquer coisa que seja. Qualquer coisa que faça o tempo acelerar. Corre, maldito, corre! Não é ruim e não é bom. Também não é igual à lua vazia. É meia-boca, sabe como? Um inteiro rio e um meio cheio que se esvazia sem explicação.
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Nessa sala tem muitas pessoas. Algumas delas são casca de se aguentar. Tem olhos de tigre, quase de lince e não enxergam nada em volta. São pálidas pra elas mesmas. Almas pálidas não vêem gente colorida. A cor em si prejudica qualquer coisa que seja viva, a vida afinal brilha e cega até aqueles que não usam a pouca visão que tem pra nada... Não é fácil ser um pouco do que sou nessa sala imensa... O ar é pouco pra tanto espaço. A gente é muito diferente de tão igual e os cabelos já não brilham mais debaixo do mesmo sol, esvoaçantes sob o efeito do mesmo vento. Ah... não tem nem mais vento.
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Tem tanto espaço que sufoca o pouco que eu preciso.