6.5.07

presa por um fio essa delicada e reticente dúvida está prestes a ser desfeita em luz...
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é difícil se refazer em sombra quando a sombra nem sempre é sinônimo de coisa boa. já foi-se o tempo que a menininha se sentia tão cheia de vida em suas noites de domingo, ela não assiste mais seus pais pintando a vida como um seriado bom, com cheiro de macarronada e molho de tomate... ela não canta mais ouvindo a vitrola velha do seu pai. ela não entende mais dela do que entende de todos os outros... em certos momentos ela prefere a dúvida pra ter tempo pra não correr atrás de nada. ela prefere a manhã, bem cedinho que é quando ninguém está em volta pra ela ser exatamente quem é, por completo e por inteiro. ela não tem medo de nada e espera não tão ansiosa pelo medo chegar porque assim vive por algo que teima em ser mais do que só um sonho bom...
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ela cansou de ser ela e de sonhar em terceira pessoa.