20.5.07

o maio doce de dois mil e sete

Foram semanas como poucas as que passaram...

Passaram e vão deixar marcas expostas, traços forçados, manchas de chocolate na roupa, de lágrima no canto do olho, de cheiros variados no cabelo... sons de risadas escandalosas em cantos escuros de cafés pelas noites e dias que aprendi a ser mais minha. Eu choro porque sou muito feliz. Sou muito feliz por ligar para o meu irmão a meia-noite, só pra perguntar se ele está bem e ouvir o eu te amo mais lindo que alguém poderia ouvir. Feliz por juntar pessoas diferentes, com vidas e estilos diferentes, visões e cortes de cabelo diferentes em uma noite de sábado pra ver um filme completamente perfeito em um cinema imperfeito com banheiros que ficam muito longe da sala de exibição...

Feliz porque eu sinto falta de gente que já não pode mais ficar longe de mim... Teria um ataque!

Feliz porque ouço mulheres coloridas me ensinando a ver coisas que estão na minha cara!
Feliz porque existe amor e carinho sinceros em cada pessoa que me olha nos olhos quando fala comigo... Feliz porque eu choro quando quero chorar e isso acontece com frequência. Feliz porque tem vezes que a tristeza toma conta de mim e não larga...

Foi uma semana como poucas e queria agradecer a tudo que faz da minha vida essa história tão romântica, regada a café e sorrisos deliciosos, moldurada a olhos de todos as cores e formatos. Queria saber quem pode ser essa força tão caridosa, em algum lugar desse universo que me dá pessoas que vem de outras terras e que me encontram sem saber que estão encontrando o bichinho mais perdido do planeta! Quero presentear essa força, brindar de um jeito que seja inesquecível.

Queria adiar o logo mais... Queria prolongar o pra sempre.

Queria fazer tudo aquilo que todo mundo faz pra tentar manter viva a chama. Essa chama que é feita de qualquer coisa que não tem fórmula pra acertar e que raramente te pega de jeito, na hora certa - ou errada mesmo - e acabada dando chão pro seus pézinhos cheios de incertezas. Sou tão feliz por crianças prontas para ouvir. Sou feliz porque elas enfim são todas feitas de todo o brilho que eu queria rever todos os dias, todos os minutos e por todo o eterno verão sem fim desse coração gigante que não cabe no peito.

Ah... Sou feliz porque posso confessar: MEU CORAÇÃO NÃO CABE NO PEITO!

E sou feliz por tantos nomes que invadem o meu! Por tantas vozes que complementam a minha! Por tantas exclamações presentes nesse texto! Por tantas vidas que ainda vou ter que viver pra aprender a dizer sem medo algum que eu sou feliz. Você sabe quem sou? Força misteriosa que faz de tudo a minha volta essa loucura sentida que são os meus dias? Então fale meu nome! GRITE! Quero ouvir da onde você vem, vou te seguir e agradecer... Vou agradecer muito e mais um pouco! Grite meu nome pra que eu possa te encontrar! Me deixe pra que eu possa te encontrar...