13.9.07

era uma vez num lugar qualquer... PARTE II

o sino tocou. .

era mais um prato pra ser levado a mais uma mesa. ao dar alguns passos fora da cozinha ela se lembrou que aquele era o número da mesa dele. o prato foi co
locado com cuidado sobre a mesa, antes de sair ela perguntou se ele precisava de mais alguma coisa, e a resposta veio depois de alguns instantes de profunda meditação sobre comida que estava a sua frente... "-não, está tudo ótimo! obrigado". ela sorriu e partiu... não haveria nada que a fizesse ficar mais tempo ali ao lado dele, é claro... o dia passou rápido e logo era hora dela ir embora. pegou sua bolsa no escritório, guardou seu avental e saiu dando tchau para os seus colegas. quando ia passar pela porta percebeu que ele ainda estava sentado, fumando quieto, olhando para o nada perdido em algum pensamento distante. a garota parou por alguns instantes segurando a porta tentando inventar alguma desculpa pra falar com ele! foi inútil, nada aparecia... era como um enigma, um quebra-cabeça. porque justamente ele, aquele que a fez cantarolar suas músicas desde os seus tenros oito aninhos até os dias de hoje, estava a sua frente e ela não conseguia pensar em nada interessante para fazer com que ele a notasse? com um forte suspiro e os olhos levemente marejados, ela abriu completamente a porta, esperando uma idosa senhora entrar e saiu, não olhando na direção da mesa onde ele estava sentado. ao dar às costas ao café ela ouviu aquela voz familiar... "-ei, garota!", parou assustada na calçada e virou dando de cara com ele de pé a sua frente, um pouco mais alto que ela, um pouco mais próximo dela...
"-eu?"
"-sim... você pode me ajudar com uma coisa?"
"-depende! mas se eu puder..."
"-acho que pode, você parece ter um bom gosto!"
"-haha, bom gosto? acho que tenho, eu gosto da sua música!"
"-viu?"
"-é..."
"-então, pra onde você está indo?"
"-vou descer a franklin, preciso ir até o mercado lá embaixo."

"-posso andar com você? é muito estranho?"

"-não é estranho! pode sim..."
.

eles caminharam e ele contou a ela para que precisava de sua ajuda.
. . .


... CONTINUA...