7.7.06

sem mais nem menos, mas igual como nunca foi

o que mais ela poderia esperar?
era um criança como outra qualquer deitada a espera do milagre que nunca veio. e ele nem saberia ao certo porque ela foi sem dar tchau, e ele no fundo não ligava porque ligava demais pra tudo que não era importante o suficiente para mantê-la ali.
será que ele sentiu o vento do vão da porta? será que ele ia sentir falta das conversas e das risadas? ela se perguntou durante toda aquela tarde meio morta e a única resposta que conseguia era a mais óbvia e a mais vã existente em seu peito, o não frio que ecoava sem parar até gelar a vontade de voltar.
ela congelou pra ele como nunca havia feito antes com alguém.
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e viver ensina, de um jeito ou do outro, sem mais nem menos.