21.7.06

fragmentos

"tinha o desejo na palma da sua mão. sabia como lidar com ele como ninguém. nada o corromperia, nada e nem mesmo ninguém. um certo dia, levando mais um tapa na cara e mais um empurrão escada a baixo, ele cansou. pegou suas trouxas e partiu para nunca mais voltar. ela não entendeu porque ele deixou em casa o livro de cabeceira que tanto o inspirou. no meio do caminho o rapaz se arrepedeu por um segundo de ter deixado o livro para trás. 'melhor assim...' pensou ele 'ela sempre pode usá-lo como um apoio para a cabeceira bamba'."