
All I do, all I do... All eyes, all eyes, all eyes on you..."


eve de usar o dinheiro da pompança pra pagar a comida do mês... ah... familiar! como o revólver que apontaram na sua cara por sua amiga ter uma boca grande e deixar com que a coragem fosse toda sua, ó grande e lúcida mulher que não bebe! porque será assim tão melodramática a sua vida!? sim, muito... familiar! como o rosto desfigurado na janela que tem o cheiro peculiar de pinho, o mesmo pinho que está no desinfetante que você usa pra limpar o chão do banheiro na sua casa que não é o mesmo que a dona holanda usava pra limpar a casa que você morava com o seu pai mas que te fez lembrar daquilo mesmo assim porque é desinfetante de qualquer maneira e assim fica mais fácil de lembrar das coisas,
unindo fatos, chegando ao passado, reunindo o futuro e blá blá blá. familiar como a roupa no varal e você correndo pelada pra pegar a única camiseta que você tem pra vestir! ai ai ai... maria do bairro é pouco pra você! dona familiar! amélia é pouco pra você! dona familiar, toda familiar! ju-li-eet é pouco pra você! e tudo me parece tão... familiar. como o tranquilo presentimento do desequilíbrio logo ali na próxima avenida, posto por pouco tempo na sua balança, retirado de cena ao leve som da deselegência. é familiar a tua música, como será em qualquer casa no mundo. é familiar o teu balanço, como será em qualquer esquina do mundo. é familiar teu sorriso como será em qualquer parte do mundo... e eu nem me lembro da última vez que te disse que ser tão familiar assim é bom. novas lembranças não me assustam.
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introduction:
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gente... i must confess... tá difícil ficar sem eles esses dias. sei lá porque! eles foram a minha salvação nos dias de terror que vivi sobre o manto seco e pesado dos mormons texanos (se você é mormon, i'm sorry, life sometimes suck!) e me salvaram mais algumas inúmeras vezes quando a vida parecia extremamente inútil de ser mantida... so, here i go again (ao meu vício, meu eterno vicío...)
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All alone not by myself. Another girl bad for my health... I've seen it all thru someone else (Another girl bad for my health). Celebrated but undisturbed, serenaded by the terror bird. It's seldom seen but its never heard (Serenaded by the terror bird). Never in the wrong time or wrong place, desecration is the smile on my face. The love I made is the shape of my space. My face, my face...
a, fica difícil não acreditar que a raça humana por decreto, é corrompida. por natureza é maleável. por amor é livre. essa liberdade, quando está silêncio e você está sozinho, é dolorida. é como uma buzina no seu ouvido. um som que teima em te atormentar e por isso você se força, e por isso ela te aprisiona. serenidade não é sinônimo de bem estar. pra você, serenidade é o seu barulho. é aquela faca no pescoço. é a corda bamba e os seus olhos molhados. constantes. fixos. se o mundo se perdesse agora, seu instinto de sobrevivência não falaria mais alto. seu instinto de solidariedade sim (não em relação à humanidade). você correria pra salvar quem te tira de sua liberdade estreita e te põe na lua. a lua, você diz, é o melhor lugar do mundo para um terráqueo como eu. a água não te assusta, o céu sim. e suas pegadas na areia não permanecem muito tempo. sua sombra já apagou... minha pequena razão, no fundo da cabeça, querendo passear por aí, me disse que te encontrou perdido na rua. mas também disse que você não estava tão perdido assim. ela disse que você finje bem mas que também não finje tão bem assim... não pra alguém como eu que fareja dor a oceanos de distância.

". eu também acredito nessa realidade mostrada no filme, o meu problema com ele é que acredito demais que todo ser-humano merece a liberdade de tudo aquilo que faz sofrer e o que me tocou na história de little children foi essa verdadeira "fé" - se quiser chamar disso - nos seres humanos e na capacidade que todos nós temos de nos instigarmos... até chegarmos à nossa própria verdade. estamos tão perdidos nesse mundo frio que acabamos escolhendo a primeira opinião bem formada que encontramos em vez de procuramos resgatar mais de nós mesmos. talvez por falta de tempo... falta de vontade ou até por não sentir falta de tal discussão interna. aceitar o que é pronto e mastigado é uma delícia... encanta os fracos e fortalece quem precisa procurar por quilômetros e quilômetros pelo seu pão de cada dia...


.ela voltou correndo para casa.
a casa era pequena o suficiente para que ela não se sentisse muito confortável. tudo o que realmente sentia era o confinamento da própria angústia por não ter nem dado uma chance àquele que parecia estar tão perdido como ela. mas ela não pensou. aliás pensou sim, em tudo aquilo que vai contra a sua própria índole de moça interiorana e inocente, mesmo tendo a aura mais ávida por vida, sensações e prazeres desse mundo. nathan parecia muito para ela carregar. mas algo parecia estranho, como se parte dela tivesse ficado naquele caminho até a porta de entrada da casa dele. como se algo estivesse perdido irremediavelmente. íris estava tão confusa que não parava no lugar. as mesmas botas de cano alto e preto ainda estavam apertando seus pés e a maquiagem em volta dos olhos começava a borrar. a noite tinha sido tão perturbadora que nem as unhas escaparam de sua fúria.
“se parar de pensar no que aconteceu, talvez essa noite suma da minha memória!”
pensou em voz alta olhando para o espelho antigo e manchado com bordas de aço já sem pintura e enferrujadas, pendurado em seu pequeno banheiro acima da pia que já estava descolando da parede, deixando marcas de cimento e tinta descascadas pelo chão.
nathan preparava o leite quente com chocolate que a pequena lya adorava tomar antes de dormir. enquanto ele olhava fixamente para a leiteira sobre o fogão, seus pensamentos estavam longe, muito longe com íris, em algum lugar daquela imensa cidade. sua filha se sentou no banco alto de frente para o balcão no centro da cozinha observando seu pai.
-você não está bem, papai.
com um forte suspiro lya tira seu pai de seus pensamentos.
-porque você diz isso?
-parece que está pensando se deve falar algo! parece que está escondendo alguma coisa...
nathan não diz nada, apenas sorri e desliga o fogo. um leve sorriso vem ao seu rosto mas continua os seus preparativos sem encarar os olhos de sua filha. ele sabe que seria flagrado! os filhos muitas vezes entendem melhor seus pais do que eles mesmos...
-você está com a mesma cara que eu faço quando quebro alguma coisa e a mãe fica perguntando o que aconteceu! pra ela eu tenho medo de falar, mas nunca tive medo de te falar nada... porque você tem medo de falar comigo?
servindo o leite com chocolate na caneca rosa da hello kitty, nathan puxa um dos bancos de madeira e se senta ao lado da filha. ele a olha bem nos olhos e sem entender nem porque está pensando as coisas que está pensando ele finalmente tira as dúvidas daquela pequena criatura.
-filha, você já sentiu que deveria ter feito algo muito grandioso e que se você tivesse feito teria finalmente alcançado todos os seus sonhos? se ao menos tivesse aceitado a oportunidade?
-mmm... acho que sim! igual quando fiquei doente e a mãe do bob me chamou pra viajar com eles! hehehe
-isso mesmo, eu me lembro disso... pois é. o pai deu uma dessas hoje. podia ter conhecido alguém do jeito que eu sempre imaginei. alguém que não está atrás do que todos os outros estão...
-do que os outros estão atrás pai?
-de tudo aquilo que não faz a mínima diferença filha!
-nossa! como assim?
-das coisas que não trazem sentido pra vida, sabe? como de uma casa maior! de um carro mais potente! uma vida de sucesso profissional... as pessoas esquecem do que fazem elas viverem.
-e você conheceu alguém que não quer tudo isso? isso é bom!?
nathan sorri e com a mão retira os cachinhos dourados do rosto da pequena lya enquanto responde:
-acho que teria a conhecido... mas não foi dessa vez.
indignada, lya segura o rosto grande do seu pai entre as mãozinhas e com a voz firme fala:
-não acha nada!você tem que ir atrás dela então! é aquela moça que tava aqui na frente não é? eu ouvi a voz dela! porque você deixou ela escapar? isso não acontece todo dia! você sabe muito bem!
e no meio da confusão que estava a cabeça dele misturado ao sentimento sincero de sua filha e a vontade nítida em seus pequenos olhos de ver seu pai feliz, ele sentiu que tudo aquilo não seria em vão. que algo poderia acontecer em breve, mas ele teria que agir.
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bon apetite!
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é bom começar com o chris
ele canta como se tivesse dentro de um caixão, a beira do último segundo de ar respirável...
é bom parar com o chris em pouco tempo. ele pode te matar do coração!
e deixe o dia desenrolar e a vida vai tomar a forma do dia,
se você quiser.
se não quiser, continue sem medo a moldar o seu espaço ao seu gosto,
talvez com o bom e velho, sempre velho young.
talvez ele abra um buraquinho no seu coração.
nesse buraquinho o nanico do bob (o dylan) faz a festa! mexendo as pequenas mãos vertiginosamente enquanto toca o piano. ele não canta, ele tira a sua atenção da música para fazer você ouvir o que ele tem a dizer. ele não encanta mas te ama, e se o sol aparecer você pode se deliciar com os desvairados baianos (os novos baianos, porque os velhos me deixam péssima).
se a chuva cair você pode sonhar com um pouquinho de a-retha, um tiquinho assim de a...rêtá... ela pode tirar as flores do seu cabelo e deixá-las descansando sobre seu peito.
mas se a fome bater, você tem muitas opções:
se for fome de alguém, mate com um pouquinho de jim
se for fome de cores, selecione com um pouquinho de nina
se for fome de chocolate, acenda com um pouquinho de angus e malcolm mas se for fome de ritmo, feche os olhos ao som de ben...
se tudo mais falhar e a tarde cair perdida entre seus olhos complexos e pesados, desencante de qualquer indicação, siga o seu coração e suas pernas até o disco dos rolling stones mais próximo. e quando a noite cair sobre seus ombros, seca, dura, pragmática e sarcástica, prenda o choro com um santo par de óculos no belo estilo john winston de ser, finja não ver ou deixe-se de lado para simplesmente ser...
mas se a noite chegar e o choro acompanhar, se renda à fantástica lenda da magia, parceiro de tammi terrel, o doce gaye, e sinta na pele e nos quadris the sexual healing coming along, hon' ...
antes de dormir, se o mundo for muito pesado e a cabeça não couber sobre o traveseiro enfadonho, feche os olhos mas abra bem os ouvidos pra ouvir o eddie sussurrando baixinho you can't keep me here... e se o sono abocanhar o seu corpo, siga sonhando com ledbetter, deixando o mike chorar no seu canto, absorto em tantos penares...
Eu escrevi uma canção
Talvez duas
Uma canção pra ver o teu sorriso encontrar o meu.
Foram duas noites de insônia
Uma de comilança exagerada
E alguns dias de fúria incandescente
Indecente
Tomando conta do meu país.
Você e toda a sua frota finalmente estão aqui
E as flores que aprendem a se virarem sozinhas
Não precisam de regador
Mas precisam de você.
Meu jardineiro imprestável
Meu amor invejável
Meu inimigo estático
Vença a mim nessa batalha retórica
Nessa envolvente fuga
Ao país dos templos dourados
Dos verdes ares
Dos cafés a beira dos mares...
Eu escrevi um caminhão de canções pra ti
E você as ouviu
Sem nem mesmo colocar o ouvido contra o chão arredio de tua terra.
"é fácil deixar os outros convencerem você de que a vida é uma corrida. mas realmente não existe linha de chegada... ninguém ganha nada. pensando assim eu sempre sinto que se sua estrela guia é seu desenvolvimento pessoal, você nunca estará errado."
e.h.