13.4.06

garden

"dia sim, dia não, logo no comecinho da manhã você me faz querer... muito... e em toda essa fúria eu existo... em cada fibra, nas palmas das suas mãos e nos seus cabelos eu estou aqui, presa entre seus dentes... amo cada vez que me sinto presa, eternamente presa e triste. ai... e como dói, você, você.. me dói... porque não vou julgar o que sinto, não quero por você em palavras no conforto de te ter no doce éter estúpido, inexistente e solitário, mas tudo o que você é para mim significa tanto... amo como seu corpo é denso e como tudo nele é meu dentro do meu peito, arde meu peito, você..., você arde no meio. e porque? você não pensa em largar? me larga... mas não sei viver sem você... e durante o dia você agoniza... morre com tudo que entra pelos meus olhos, que é arrastado pela minha pele... você morre quando a noite vem e me deixa pálida e triste de um jeito insuportável, insuportavelmente insuportável... e eu sei que isso nunca mais vai acontecer, sou forte, eu sei... sou forte pra deixar você sumir com tudo o que não sei... mas a manhã chega com seu calor triste, com suas mãos pesadas e com seus olhos úmidos e eu morro... morro entre seus dentes pra nascer no seu jardim... em algum lugar longe daqui. "