19.8.05

postar, como amar
se faz de azar
que rima com o mar...

desloco o meu modo
meu automóvel
minha loca-ação
em busca daquele vulcão
e de todas as crateras
feras, persas e belas
que vi pela nossa janela

então,
nesse ou naquele,
que ocasião!
a sensação
de jamais ter a atenção,
a aplicação,
a sub-missão,
de ser
e não ser....
a questão

entendo e sei
que flores não faz-em crer
não faz-em crescer
não pedem mimo,
sinos,
cor-das,
ou cantos assim....

sei de mim?
e de você?
sei assim assim...
sei do fim?
sei do que sei
o que tem no meu bolso
não é o seu desgosto
é meu cor-ação
empapuzado de sabão e de canção
cantando por ti
cantando em si

arrebat-a-dor
ai que dor!
que sedutor, o ator
de aluguel...
o a-mor
de papel...
a música que te dei
o paninho que alfinetei

o desvelo,
só eu sei!
me mata ao certo
me enfarta, é vero
e volto correndo
para o nosso império
nosso poço
de possos
de mãos e dedos
de beijos...

seu corpo
um caminho sem fim
que tem muito de mim
(impregnado)
que tem muito do porto
que já sobre-vim
que tem muito dos olhos
de quem foi p-a-r-a-m-i-m....

volto
toda torcida
possuída
enlouquecida
esquecida
diva!

volto assim: toda vermelha, rosa e lilás
toda forte, perfeita e com mil eus a mais
só para aqueles mil de você que corro atrás...

(como me perco entre vocês...)