23.2.06

de saber.

em uma manhã qualquer
de um dia qualquer, com um sol qualquer
em uma hora perdida, entre o fazer e o querer
em um lugar perdido, entre o ontem e o amanhã do que não me lembro se vivi
em uma estante esquecida, ambulante, erguida
em um canal um pouco besta, meio seco, meio chiado, meio alto
em um sol
de um mal
atrás de um bem
perdi completamente a noção
do que poderia ser a noção
de fechar os olhos, de tapar os ouvidos
e não querer mais saber
de saber.