30.11.05

tange o coração

sou afiada em minhas desregradas excentricidades.

o que é belo, simples e que tange o coração não passa apenas por mim mas marca com fogo.
com o fogo da palavra absoluta. do silêncio compreendido... sem meias verdades. mania de gente, pra sempre, e o que é sempre de gente é o que me move, mexe com a minha cabeça, me dá aquele calor único, molesto, que não se manifesta. se entrega. sublime como asas de beija-flor-que-beija-a-flor-sem-ver-que-flor-não-se-beija...

29.11.05

tá chegando....

tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando. tá chegando.

it's that simple

it's simple but it's not raw. it's a divinity standing with heartbeats in timing for the blues... i won't fail. i won't melt you down... it's all like barefoot humanity, walking down this highway, stepping on hot concrete, playing along with our mad existence.

it's that simple.

28.11.05

admito. sei que não sei.

existem arestas que dizem respeito só a mim. que existem apenas dentro de mim. não é custoso entender que dessa dor não vou tirar proveito, carinho e nem mesmo a tão estimada primavera que vem depois dos dias difíceis. sou louca, você me compreende. não resta entre essas mãos mais ninguém para arrancar de mim. sou de lua, das estrelas que ainda brilham mas que morreram há um longo tempo atrás. estrelas? quis dizer estrelas cadentes, errantes, perdidas na noite. essa ineficaz sensação de solidão não produz em mim razão, devo admitir.
sou incapaz de transformá-la ou de progredir perante ela.
mas que ser pode se dizer conhecedor dessa arte?
quando não há arte que transforme a necessidade de alguém nutrir-se de amor?

27.11.05

jeff & ed







love them to pieces....

26.11.05

para o johnny be good

ai ai ai... quem eu engano? eu dou risada e continuo andando, vendo as pessoas passarem por mim, como gotas dessa chuva paulistana interminável - a gente ainda não se acostumou... e caio de cara, sempre de frente com o seu jeitinho de inventar sensações que me enternece (às vezes acho que te deixei escapar). suas aparições são mínimas mas sempre trazem a nítida sensação de plenitude, de gente do bem. com aquele coração que fica apertado às vezes mas engole até a última gota, só para não ver ninguém triste... você não vê, sinhô, mas eu vejo você. e às vezes você me manda uma mensagem, pra me lembrar que você existe, e quase sempre sem querer faz meu dia ficar rosa. azul. cor de pele. com olhos puxados - para ver melhor... e então eu quero voltar por um dia, àquelas manhãs inertes de menina na escola e ouvir suas histórias que perambulam por mundos muito distantes dos nossos... "senhorita alice..." lá vem! e butterflies pra cá e musashi pra lá...
ai ai ai, quem eu engano? estou com muita saudades de ti.

25.11.05

a vida é para poucos...

quanto mais eu vivo, mais eu sei que a vida é para poucos...


me lembro de um texto da Lya Luft que ela diz que talvez os verdadeiros heróis dos nossos dias são aqueles seres mais sensíveis, que choram à toa, que se magoam fácil... é confortante pensar que não há nada de errado em ser quem você é. em saber que não há o certo quando o assunto é ser. às vezes a maquiagem borrada mostra sua verdadeira cara, aquela pele rosada, a boca inchada, os olhos molhados... muitas vezes a chuva passa e só te deixa aquele vazio no peito que parece que foi preenchido com pedras de chumbo carregadas de lágrimas... não sei o que acontece, mas toda noite eu sinto esse vazio. e quando não sinto é porque estou amando. ontem à noite não o senti... hoje, ele voltou para me fazer companhia e brilhar do meu lado na noite fria. parece que tudo curva a minha volta...
tudo se mistura no emaranhado dessa loucura incompreensível que é acordar pela manhã...

24.11.05

a drew fala por mim....





pra viver, pra a-corda-r

te marco com fogo. pra viver logo.

essa é a minha palavra final
são raros os momentos de mistério para mim...
te trago o meu eu, mais eu que já conheci
turvo, envolto em cetim
sem deixar com que o que tenho pra te dar
seja mais do que você tem para me animar
e deixar
o meu eu mais eu
a-mar


eu quase acreditei, quase caí. tem dias que a gente pisa em falso de tal forma que quebra o salto. no meu caso - como estava usando tênis - sujei a sola com um monte de barro, por causa dessa chuva azarada! e foi quando eu percebi que a chuva também molhou meu rosto, acabou com o meu penteado e manchou minha blusinha mais branca do armário. o meu coração quase acelerou quando pensei no meu sonho, mas novamente foquei. trouxe a criança de volta ao planeta vida...
pisa. "pisa firme nesse chão de barro". e pisei, mas pisei em falso, em um chão de pedras feias e cinzas...
mas é assim que a gente quase cai, quase vive, quase é de qualquer jeito...
e até quando? quase cai, quase vive, quase é?


sei lá... vamos esperar juntos?

para saber que o que eu tenho que fazer é simples...
















de Rimbaud à Janis Joplin,
de Oscar Wilde ao Jim Morrison,
de Anaïs Nin à Angelina Jolie,
de Jack Kerouac ao Bob Dylan,
de John Fante a Eddie Vedder,
de William Burroughs aos Beatles,
de Fitzgerald ao Anthony Kiedis,
de Johnny Depp à Clarah Averbuck,
dos Ramones ao Kings of Leon,
dos Mutantes ao Rappa,
da Elis à Maria, de Jimi Hendrix ao Ernesto,
da Drew à Courtney...











e a todos aqueles que sabem que "the young, they can lose hope cause they can't see beyond, today..." ou a todos que sabem que isso não é verdade.










vamos exaltar os heróis de carne, osso, coração, sangue, saliva, suor e vontade porque não há muito mais o que querer dessa evolução
humana...
*ainda não consegui colocar todas as fotos aqui. mas elas já vem...

mundo cria

em suma, o que há de novo?
e uma voz responde baixinho que não há nada.


o meu sonho me leva muito longe, além dos prédios modernos da realidade, das cidades impermeáveis das minhas visões. e me tira da luta de um jogando meu corpo na guerra de todos... e vivo assim.


que aflição que dá na espinha quando olho no espelho e vejo que não sou o que criei. sou o que o mundo criou.

22.11.05

da cor que a cor escolher

em cor de rosa te pinto, te vejo passar na rua e sorrir pra mim. te pinto então de vermelho. mas o azul vem à tona... então multi-cor você é para mim. que me sobe o sangue, que me esfria até o osso, que me julga até a morte... que me ama com lábios de anjo.

descobri um girassol...




"I want to burn, even if I break myself. I live only for ecstasy. Nothing else effects me. Small doses, moderate loves- all these leave me cold. I like extravagance, heat... sexuality which bursts the thermometer! I am neurotic, perverted, destructive, fiery, dangerous- lava, inflammable, unrestrained. I feel like a jungle animal who is escaping captivity."


Anais Nin

21.11.05

não!

em tua janela canta o rouxinol?

não!

em tua janela você se debruça e beija as estrelas?

não.

em tua janela você diz que o ama?

não...

passa para mim essas tranças... vive a tua vida de princesa.

um eu longe

em seus olhos há vida que tem sede de muitas vidas. nas suas palavras linhas cruzadas entrelaçando sonho e realidade. em suas mãos existe a beleza pura da vida mais plena, do amar por amar e do ver pra crer... nela há sonho de verão e sono de inverno. café quentinho na cama ao lado do seu amado.

nela há um eu longe.

Single Video Theory


Olá!


Ontem eu (mais uma vez) fui atrás do Pearl Jam na loja de cd's. E pronto, comprei o dvd Single Video Theory. Gente, é demais.
Não tem legenda, mas para mim está tudo tranquilo. Você simplesmente assiste os caras pensando (literalemente) sobre suas músicas e sobre a carreira. Foi na época em que eles gravaram o cd Yield. Aquele do Do the evolution, baby!
Foi fantástico!
Lembrou muito uma parte do livro da Lya Luft, Secreta Mirada, em que ela fala que família é aquela que não necessariamente te entende, mas que te aceita mesmo assim... acho que eles são uma família...
Além disso o produtor desse mini documentário é o Cameron Crowe, o mesmo cara que fez Quase famosos e Elizabethtown.

É isso... vale a pena conhecer esses meninos.

Sou todas



Você não quer saber? Ela perguntou insistindo em suas intimidades de menina ruiva. E não quer nem imaginar o porquê? Continuou indagando em sua sensibilidade loira... Então vá embora agora. Pisou firme em sua certeza morena. Mas me dê um beijo antes de ir, me dê sua saliva pra morar aqui, suspirou em sua amplitude incolor...

i want i want i want

"Hold me and make it
the truth, that when all is lost there will be you"
Love Boat Captain
do Pearl Jam
You`re sad. You have sad eyes and the skin around your lips is soft. The features of your face show me your raw tenderness, gentleness in flesh, bones and blood. I desire you. I want you so much that even the feeling disguises my tendencies to understand the reasoning. Your hair is loose again. The way that freezes me, making small amount of waves around your neck. I want you but I cannot have you. I could even imagine your words slapping me in the face, making my eyes pop out, bringing me to the realization of my own neglected punishment: you`re too much for me.
Lion`s gold. Beautiful yellow sunshine sparkles in the darkness of your candle-lightened gray room. The skin of your backs rubbing against the rough carpet floor and my weight being turned into red flames over you… you want my flame. You require my anguish. And you taste me in your dealing lips, touching masks.
You`re definitively too much for my sins.
But you know what? I really want you. Badly.
Too much.
As widely much as you are to me.

19.11.05

serena.



não para descrever, mas para mostrar como gostaria de estar... serena.
boa noite.

porque a drew também faz arte...

não para. para logo com isso...



cruze os dedos, abra os olhos. não está vendo? pare tudo o que está fazendo, esse calor já te
cansou... não para de sorrir, não para de enganar... sua boca não está cansada de não falar? sua garganta não está seca, ou talvez gasta? tá bom, vence desta vez. você não se cansa de vencer, não é? essa guerra sem fronteiras, ela está em todos os lugares. você está em todos os lugares.
pensa, vai. para de sentir tanto por todos, por você. você quer mais uma mordida desse doce que não tem na vendinha da nossa vida... pensa vai. você sabe que sai dessa. sabe que não precisa de anjos, porque anjos são de éter... você sabe que os heróis não são de éter, então para de deixá-los tão perfeitos em seus postos de herói. tá, tá.... para com isso. você não quer o que você quer, você apenas segue sua tendência sofredora desse povo cristão encrostado em seu dna. para vai. cruze os dedos. você sabe que é fácil, vai, corre. e não para. não para. não para.

18.11.05

vedder...



eddie...

quero ser uma canção

não é do acaso que canto no acaso a vontade de ouvir... e cantando e ouvindo paro e penso e me encontro. me vejo vivendo o que há para viver nessas notas singulares e confortantes. tem momentos que não quero ser mais nada.
quero ser apenas uma canção.



All or none (pearl jam)
It's a hopeless situation and i'm starting to believe
that this hopeless situation
is what i'm trying to achieve
but i try
to run on
it's all or none
all or none...
here's the selfless confession
leading me back to war
can we help that our destinations
are the ones we've been before?
i still try to run on
but it's all or none
all or none...
to myself, i surrender
to the one i'll never please
but i still try to run on
no, i still try to run on
but it's all or none
all or none...

A Drew descreve meu humor hoje...





















estou assim... como você pode ver pela pose de dona drew barrymore.

Não, meu amor...

Não meu amor, eu não sou eu. E não há nada como os traços arredondados do seu rosto. Os dentes sorridentes, dentes presentes que enchem todo espaço, você poderia me presentear com seu sorriso gostoso mas você se aborrece comigo, pois mais uma vez não consegui expressar meu prazer em saborear seus olhos macios... olhos sentidos. Você conta de sua vontade de entender do que eu entendo, e com raiva eu me jogo, implorando para que você me conte do seu dia. Mas você se joga e implora para que eu acabe com essa mania... eu não me entendo, querido, mas quero ver suas mãos e seu cabelo, que de tão preto é quase da cor do céu à noite, como as noites que nos vemos...
Não, não sei por onde encerrar. Mas não há nada realmente tão saboroso do que não falar e só te ouvir durante o tempo que leva para as estrelas se apagarem, para que eu possa guardar nesse cheiro o minuto gostoso que dura a sua risada livre... com vontade de alguma coisa que não está aqui ainda, mas que há de chegar.
Bom dia, saudades.

17.11.05

Lya. Luz.

Escrevi isso no dia 15 de novembro...
Peguei o livro da Lya Luft mais rosa da estante. Sem julgar. E comprei. Pensei muito nas minhas finanças antes, na quantia que era necessária no dia seguinte, até para o meu café e comprei, junto com o primeiro cd do pearl jam (já que a cópia que eu tinha ficou completamente gasta). Realmente não me arrependi. Descobri Lya Luft da forma que gosto de descobrir autores, pela sua prosa. E lá estava ela, despida diante de mim. Essa mulher loira, cheia de emoções e de vida pra não sentir e apenas arrebatar...
Me senti tão próxima dela. Tão próxima de me descobrir além da capa rosa e das letras delicadas. Sou grata ao momento que abro as cortinas. Ao momento de modesta explosão que ocorre a minha volta quando perco a razão de quem fui e de quando me transformo novamente. Sempre.
Hoje me sinto assim, nova. Os tons que coloriam meu rosto hoje estão um pouco mais fortes. A minha imensidão se expande através da grande certeza de que sou levada pela sabedoria da intuição... pelas palavras que fluem sem razão... e vou.
Vou ler meu livro. Vou ouvir as canções e boa noite.



Pense
Mas pense rápido.
Minha luz não tocou você.
Então vou correr mais uma vez e você irá ver
Além das curvas, serras e dos vales.
E lá encontrarei você, envolto em seu pensar.
Mais uma vez.
Sem entender.
E mais uma vez vou fechar nos olhos
Os olhos seus
E fechar na sua boca, a verdade que não há
Em querer entender.
Assim serei nada mais e verei nada mais e saberei nada mais.
Nada.

por trás dos olhos

já dizia o bom e velho eddie. por trás dos olhos todos são diferentes e não há razão para se esconder...
eu sou muito diferente e sou igual mas não me contento com esse intento...
porque sou assim? tão inquieta?
acho que faz parte da vida acordar e por o pé no chão, no asfalto quente e cheirar o pó marron da vida de concreto e de repente saber que viver é só amar... aprender a amar o que é indecentementenãoamável.... o que é cinza. o que é marron. o que é manchado de sangue e precisa de um bom banho. o que é real.

eu não sei o que ela tem

eu não sei o que ela tem se ela tem o que ela tem
que todo mundo tem também
mas ela! ela tem mais que ninguém
e além do que ela tem ela tem um jeito de ter que não tem
e vai saber lá, se ela não tem...
mesmo assim acho que ela tem e ninguém sabe
o que é que é que ela tem.
ela só tem.



naomi watts

16.11.05

na prosa que vai e que vem...

eu amo livro de poesia ou de prosa... você abre a primeira página e é uma vida, passa para a próxima e é outra vida completemente diferente, outra saliva, outro beijo, outra lágrima... não me estendo em tentar compreender minha vontade distante de livros longos, perpétuos, inálteráveis... quero a virtude da flexibilidade, do enredo ágil, como a vida é. mutante. como a vida é. angular...
oculta.

14.11.05

Bêbada de vida

Há um certo tempo estou viciada em escrever. E não é do acaso que tenho esse tesão por pensamentos... tenho isso há anos. Aliás, tenho isso desde quando descobri a música. Quando era muito pequena e ouvia os discos do Dominó. Lembram de Conrado Liro? E do Afonso Nigro? E da pinta da Angélica? Puxa vida... as palavras naquela época não eram levadas muito a sério mas faziam parte da minha vida. Demorou muitos anos para que eu descobrisse Rimbaud e com ele veio a boa música também... criei vergonha na cara e comecei a ouvir Pearl Jam, Nirvana, Sound Garden, Blondie, Alice in Chains, Ramones, Janis Joplin, Elis Regina, Elza Soares, Chico Buarque, Beatles etc e tal e vem...
Descobri Rimbaud mais precisamente em 1997 quando assisti ao filme que contava o caso tórrido entre ele e Paul Verlaine, chamado de Total Eclipse. Ainda me lembro de Leonardo DiCaprio magricela passando seus dedos no fogo, sem se queimar, vivendo Rimbaud com sua rebeldia inquestionável. Desde então nunca mais fui a mesma. Sonhava com o dia que encontraria em meu camiho um homem daquele porte. Poeta maldito, poeta gente e lindo pra viver intensamente ao meu lado. Assim aprendi a ler Bukowski, Clarice Lispector, Cecília Meirelles, Adélia Prado, Paulo Leminski, Allen Ginsberg e toda a geração beat, Clarah Averbuck e por aí vai...
Mas realmente só percebi que o que mais me dava adrenalina, o que mais me fazia querer chupar o mel da vida e engolir devagarzinho foi quando criei meu pedaço de vida na ethernet. Meu blog. Percebi que lá eu era exatamente eu e então foi assim que descobri que Alice rima com maluquice.
Maluquice do avesso. Porque sou maluca e gente de coração que quer abraçar o mundo. Salvar toda a gente. Beijar até cansar...
E com isso agora posso dizer com certeza que quero fazer o que mais me deixa feliz!
E você aí? Vai ficar parado? Mexe essa bunda, ou não, roda a baiana e toca o barco pra navegar nesse mundão azul que precisa de gente com coração na cabeça... não basta ser gente, tem que ser indigente! Gritar pelas ruas seu nome! Aquele que te dá orgulho! Puxa isso aí que tem dentro do seu peito e deixa o mundo ouvir! Vem que está tudo pronto pra você e para mim no mundo dos bêbados de vida...

Tudo igual. Tudo diferente.

Sincronicidade. Cumplicidade. Intensidade.

"Everything has changed, absolutely nothing`s changed”
Eddie Vedder



Sabe viver nessa linha? Nessa corda bamba? Pois é, estou aprendendo. Estou aqui sentadinha, com o meu café... ele olha pra mim, eu olho pra ele.
O Eddie Vedder está sentado perto da porta, olhando pra rua, com seus bigblueeyes.... Nada passa por ele. O olhar está longe junto com sua
música. Acho que ele entende mais da vida do que eu posso imaginar.
Arthur Rimbaud está no balcão, bebendo suas fadas e pensando
em exaltar, em beber e brindar ao sol e a lua... Acho que ele sabe mais sobre a vida do que eu posso imaginar.
O Bob Dylan está lá fora. Sentado com seu violão, cantando baixinho... Ele olha pra mim e sorri. Aquela cara irônica de “baby, it’s life a-changing” e eu concedo meu sorriso largo pra ele... Ele sabe mais da vida do que eu posso imaginar...
E eu não sei nada. Again...

backwords in words from eddie

























walking backwords on the road.
counting my way back to heaven...

acho que ele não sabe...

acho que ele não sabe, mas sei tudo sobre ele. seus olhões azuis me contam, antes de sua cabecinha cabeluda pensar nisso... toda vez que ele vem com uma música nova, eu paro tudo e ouço, como se não existisse mais coisas lá fora. ele dança enquanto fala e olha nos olhos de quem o ouve... menos nos meus. acho que ele tem medo. acho que eu boto medo... acho que saboto o medo, das suas maõs grandes de menino... acho que azaro o certo que passa pela sua cabeça e acerto a cegueira que ele já não quer mais alimentar. acho que ele não sabe, mas sei tudo o que ele quer dizer e não diz, e brinca de dizer, nessa leveza que existe em apenas querer...

vento que venta em teus cabelos
foram duas, ou três as vezes que te falei?
que te entreguei tudo o que pude...
você bem sabe, nem eu sei!
as roupas que te esquentam
dos pescadores que você fugiu...
das veias que saltaram na tua testa
de tanta raiva que te exauriu

e agora?
me diz e agora?
te dou o que posso dar, você quer?
ainda aceita essa pena? aceita a boca?
cheia de mágoa e de intrepidez?
garanto tua estadia e tua comida, mas saiba
que nada mais do que cachos,
do que frutas ao mar,
do que palavras ao vento
vou te tomar...
porque sei que você não sabe
mas sei
tudo sobre você
e você tudo sobre mim...

13.11.05

orlando & kirsten

só para você ver como esses dois são liiiiindos demais.....


velinhas

não acreditava em pedido na hora de assoprar as velinhas do bolo do seu aniversário, mas agora vou acreditar. hoje, pela primeira vez em 21 anos olhei bem para o fogo, fechei os olhos e pedi. e por um segundo me senti em um filme. um daqueles que o mocinho faz o pedido e daí ouve sinos, ou sai de casa e bate o carro e encontra o amor da sua vida, sei lá! só sei que senti que estava em um filme. e eu pedi com tanta força que agora eu sei que vai acontecer... e vai saber né? depois de assistir mais uma vez elizabethtown com a mamis, de me lambuzar de sorvete, de chocolate e de café, de me sentir totalmente tranquila por um dia inteiro, de receber mensagens fofas demais, de ganhar cd do pearl jam, de ouvir sinos tocando quando fui tirar dinheiro no caixa eletrônico... vou tratar de acreditar na cor azul que o céu às vezes me mostra... naquela coceirinha que me diz que a vida não é só isso aqui... na vontade de ser mais e mais... no que me faz verdadeiramente feliz e em todos os beijos que amanhã vou receber...

"seja feliz, lice"
"serei."

momento "sou mulher sim e daí?"



...FALA SÉRIO!
orlando bloom again...

há 21 anos

há 21 anos eu nasci. e como esse coração bate forte! estou sentindo ele aqui. batendo muito forte. é como se ele fosse até mais forte do que eu. ele é mais forte do que os 21 anos na terra. do que 7655 dias de vida. mais do que mil amores... há algum tempo estou assim: levando em conta a batida do meu coração...

12.11.05

Sobre a ponte

escrevi isso na quinta-feira, dia 10 de novembro...


ta bom. você vai me dizer que não há beleza nessa cidade torta. cinza. fria. escura. crônica. e eu vou te dizer que hoje presenciei o contrário. estava a caminho de minha sonora casinha e redescobri o caminho de volta com cores vermelha e laranja envolvendo os céus de São Paulo... incrível! era noite! mas era dia! e esse dia durou de tal forma que me deixou mais feliz! incrível, essa minha felicidade! felicidade de quem se safou de aparecer na tevê, em um programa imbecil, falando coisas imbecis que eu não estava nem um pouco a fim de falar. essa minha felicidade se juntou com a cor do céu e me fez uma LICELOUCAMENTEFELIZ! e mais uma vez eu ouço uma vozinha que vem lá de trás da minha cabeça (deve ser lá que fica a consciência chata&brega da gente) insistindo para que eu fique triste de novo, afinal o mundo não é rosa, licinha, não é não! O mundo é meio verde-musgo-cor-de-estrume. o mundo e essa coisa que a gente chama de gente que não para de se desenvolver, de crescer, de transformar pudor em virtude... sou das velhas... das mulheres com pele de cera e interior bruto de lava encandecente... que acha lindo voltar pra casa embaixo de céu laranja, que acha o máximo o Eddie Vedder gritando em arc...

tchau tchau... buenas...

to assim hoje...


falei que tinha uma
foto da drew pra
descrever sempre
meu humor,
não falei?

pois estou assim hoje

Reasoning...

If there was a reason baby, it was you
Edward Seversen III (Eddie Vedder)


A música me leva longe e me entrega a histórias remotas de vidas que passaram por mim. A gente não sabe a hora de parar, não é? Às vezes tenho a nítida impressão de que o momento é certo, mas volto ao meu posto de eterna indecisa e sei por convicção que não é não. Não vou me desculpar mais. Não quero a certeza de que não sei de nada, não. Não sou tão simplória como gostaria de ser. A humanidade ainda tem muito para descobrir dela mesma e assim, nessa lerdeza eu não chego lá. Minha pretensão e minhas intenções navegam em mares de total desprezo. Tirei do posto de importância-mor meu a-mor. Tirei dessa vida de menina essas roupas de mulher e me entreguei novamente à adolescência de minha eterna espera. E sabeselámeudeusdocéu se estou no caminho da minha verdade... Sabe-se? Sei sim... abro caminhos com meus olhos embaçados... mais uma vez.

11.11.05

ela é tão linda!


Ela é TÃO linda!

flor

nunca estive tão sensível como estou nessa época. talvez seja por isso que esteja meio cambaleando ainda, tentando entender como faz pra me mover, igual a um bebê engatinhando aprendendo a se desenvolver nesse espaço terrestre. e quando o bebê engatinha ele tem a mamis dele ou o papis olhando... ou até uma vó, vizinha, tia... um irmão talvez. eu acho que estou engatinhando às pressas, sem esperar o lobo-mau passar... minha sensibilidade é tanta que machuca minha pele. eu sinto até a roupa queimar quando está quente. sinto o vento, mesmo que tenha passado lá fora... acho que as flores da minha pele estão com suas pétalas abertas ao mundo lá fora. quero vida!
bom dia!

10.11.05

tem sempre uma foto da drew pra descrever meu humor...


tô assim hoje, ó!

thumbing my way back to heaven

imagino suas mãos, e como elas são um pouco ásperas. imagino seus olhos grandes e azuis e nada me impede de pensar que eles querem me olhar... percebo que você está muito perto, como nunca esteve, sinto você me respirar. você ampara minha leve tendência ao desespero (sempre foi minha necessidade básica). você ampara e deixa essa pele toda ser minha pele toda. suas sardas são as minhas, seu cabelo é o meu... vejo branco, azul, cordepelenapele, branco, lilás, vermelho, rosarosarosa... encantada vou a procura de você no continente do seu mondo... sono. muito sono. abro os olhos. seus braços. braços fortes. cheiro fresquinho de cereja que beija minha boca. sono muito sono. olhos abertos pra te ver trazer meu amor em forma de bombom, e é bom, seu bom valor, my dear... e "volta pra mim" nãos e nãos e "volta pra cá!".... e we're safe tonight...
em menina de olhos de mel, menina de olhos que o céu beija em um cintilante azul-bebê, azul-bebê igual ao seu. quero ver, sabe... quero ver o que não dá pra ver, mas a menina com os olhinhos de mel vê! tudo!

9.11.05

frag-mentos de mentos

frag-mentos de mentos


você comprou o verde!
humhum
mas eu pedi o azul... na verdade eu pensei no verde mas falei azul. você comprou o que eu queria de verdade!
hihihihihi

four feathers

já viu esse filme?
"it is silently strong"
o nome é four feathers... traduziram de uma forma
imbecil para honra e coragem. fazer o que né?

8.11.05

fato. verídico. que falta de educação!

em tempos de crise o homem deve compreender que os fatos acabam dizendo sim por eles mesmos, mas que o ponto de vista faz toda a diferença... não sei se fui clara mas estamos em crise. em crise no amor, no trabalho, na rua, na padaria, na fazenda, na praia, no dentista, no médico, na livraria, no shopping, no café... e sinceramente essa onda de querer nivelar por baixo, pedir menos, aguentar mais, lavar a boca com sabão me deixa enlouquecida. não sou mulher de descer do salto, de me fazer de vítima pra ser alguém. assumo tudo o que faço e odeio quem não o faz... por isso que talvez me encarem como uma anti-social-maledeta. meu pai costumava dizer para que eu fosse honrada, sempre. mesmo se eu acabasse debaixo da ponte e que fosse justa com aqueles de coração bom e muito, muito justa também para quem é mal-caráter-dos-diabos! e até hoje não entendo porque as pessoas não ouvem mais seus pais! será que é tão difícil? ou será que os pais é que não estão falando? e por causa dessa falta de informação, falta de humanidade é que o mundo tá de cabeça pra baixo...

o que ele quis dizer com "borboletas"?

"evenflow...
thoughts arrive like butterflies,
he doesn't know so he chases them away..."

conhece essa frase?


borboleta

de bor + bor + eta?

s. f., Zool.,
insecto da ordem dos lepidópteros, que se caracteriza (na maioria das espécies) por voar de dia, possuir asas coloridas e brilhantes, corpo delgado, antenas espessas em forma de bastão e uma espécie de tromba, usada para sugar o néctar das flores, a qual se encontra enrolada e recolhida por baixo da cabeça quando não é utilizada;
mariposa;
passarinho da Austrália;
nome vulgar de alguns moluscos;
Bot.,
planta ranunculácea;
torniquete usado nas entradas das estações de caminho-de-ferro, para contagem de passageiros;
fig.,
pessoa volúvel.


7.11.05

I'm still alive.....

I'm still alive.....


do I deserve to be?
if that's the question
who answers?

(don't know...)

but I'm still alive.





(pearl jam-alive)

e eu fiquei assim, ó

e então foi isso que me restou. tudo o que eu vejo agora é poesia. você teve a coragem de chegar bem perto de mim, de ver o que não devia e de ficar insanamente desajustado ao meu lado, de correr contra minha luz. pois é. e todo mundo vê agora essa porcaria que eu fiz, esparramada pelo chão que piso. todo mundo vê, entende? todo mundo espia pelos buracos das fechaduras alheias. todo mundo sente na pele. no pelo. ou no pêlo. você foi embora dizendo que me amava, que me adorava, que agora sabe quem sou. então me diz quem sou eu. me diz porque perambulo entre o querer e o não querer? ontem, antes de dormir, chorei pensando nisso tudo. no que fui incapaz de fazer, de perceber que me tragou pra tão longe. tão longe que só consigo pensar em oceanos de distância, em filmes, em livros, em histórias sem fim. em peixes grandes nadando e correndo de gente como eu, que só penso em alcançar o inalcançável. meu querido, eu cansei. quero uma cama muito quentinha para descansar meus ossos de moça largada, exaurida, ridiularizada, divina. e eu estou aqui, às sete horas dessa manhã no começo de uma semana de vida, antes do meu dia, diante de você. e ainda pergunto: quem sou eu? esse retalho de mulher...

6.11.05

logo!

você me seguiu ontem?
acho que sim. acho senti você do meu lado, olhando pro meu cabelo, querendo pegar minha mão.
você quis falar comigo ontem?
percebi algo... quando tentou passar por mim, desapercebido, desalinhado conversando com o seu povo...
você percebeu que eu percebi?
talvez... quando você olhou e eu olhei, quando não resisti e sorri quando você sorriu.


(da próxima vez chega perto, me pergunta se você pode se sentar e deixa eu pegar na sua mão. logo!)

5.11.05

livrar - dictionary diary

você sente que quer se livrar de algo que te impede? que te empurra? que te manipula? do que você quer se livrar?


livrar
do Lat. liberare
v. tr.,
libertar;
dar liberdade a;
soltar;
isentar;
preservar;
resgatar;
v. refl.,
defender-se;
escapar;
desembaraçar-se;
ser absolvido;
pop.,

dar à luz.

inteira

você chega e espanta desse abismo de mundos, de guerras sem fim, de luar escuro. traz com você a cor dourada da sua pele. estraga qualquer plano furado de deixar pra trás essa loucura que eu sinto... e me faz inteira.

elizabethtown. ontem passei por lá...

então. coração, flor e eu assistimos ao novo filme do docíssimo cameron crowe. outro filme com seus aprendizados de como é bom curtir uma vida com prazeres simples (que cá entre nós, é vero) ...




o filme é longo (como todos de crowe). a história é bem simples, sem grandes tramas. é suuuuper americano... (que me faz pensar em como nós, pobres brazileños copiamos direitinho a fórmula mágica). os atores são parecidos com pessoas normais e o mais legal foi que em quase todas as cenas, falas, risadas, lágrimas, vontades, sonhos, fracassos, beijos, corridas, cinzas, cliques, textos, paranóias, humihações, despedidas, festas, telefonemas, inseguranças, enterros e velórios eu pude me encontrar... catar os meus pedaços em elizabethtown.


quando drew (orlando) lembrava do seu pai, ou melhor... tentava lembrar do seu pai, eu me lembrava do meu. quando ele implorava pra alguém ligar pra ele, eu lembrava das várias vezes que eu quero falar com alguém e não consigo... quando a claire (kirsten) se apaixonou perdidamente por um total estranho que para ela era terrívelmente familiar, lembrei das minhas próprias tontices... quando drew descobriu que falhar também é um ato infinito de um ser-humano que se preze, eu também me toquei...



enfim, adorei o filme enoooooorme do cameron crowe, suas histórias, os exageros da atuação do bloom, a atuação sutil e debochada da kirsten dunst, o papel pequenino mas tão importante de susan sarandon e até o moleque mala que não parava de gritar!




é isso...mais um filme pra encher minha vida.


4.11.05

minha raiva, não vai passar.

é só desconforme, estômago vazio, falta de teto, vai passar.


essa vontade de ver um mundo justo. vai passar.


como passam os heróis e os ladrões, os vertebrados sanguinários, as águias e os falcões. como passam os protestos, os dylans, os vedders, os gils que já morreram... como passam as flores, as águas por debaixo da ponte. descomunalmente verdadeira essa minha tristeza. vai passar.


essa bandeira em chamas, batalhas para confirmar quem são os melhores compressores de botões, peões em campo manipulados por sultões, príncipes tártaros, bavários, estupradores. sorrisos ardilosos sedentos por morte, sedentos por domínio. correndo em campos livres, bebendo o sangue de gênios do ar, água e terra.


não vai passar.

3.11.05

mais inspiração para não olhar para janela.... e desejar... estar... lá









mais pérolas...
não adianta... estou no momento pearl jam. estou no momento "minha vida por um fio, por uma noite, por uma música". estou no instante "masters of war", na singela passagem entre adolescência questionável e maturidade inflexível. na fissura da menina com vontade do mundo.da mulher com raiva de tudo. passou da hora de correr pra ver o trem passar, então me encontre lá, porque eu já vooooooou.....